Prevenir é o melhor remédio.
A importância de manter uma
reserva para emergências no orçamento domestico.
Imprevistos
acontecem, e nem sempre eles são cobertos pelo seguro. Perder o emprego ou
precisar fazer uma reforma urgente na casa são fatores imprevisíveis, que podem
quebrar o orçamento familiar. A principal arma contra esse tipo de situação é a
reserva de emergência. "Crises e momentos difíceis sempre existiram e vão
continuar a existir. O quanto afetam depende do tamanho da reserva financeira
que cada um constitui", afirma o economista e palestrante Francis Brode
Hesse.
A
reserva de emergência deve ser proporcional à renda e aos gastos mensais da
família. Para fazer esse cálculo, é essencial montar uma planilha de orçamento
doméstico - só assim se tem noção exata de quanto a família precisa por mês.
"O recomendado é uma reserva de no mínimo seis meses da renda líquida da
família", ensina Hesse.
Outra
definição importante é sobre como montar a reserva, pois é bastante difícil
separar todo o montante de uma só vez. Hesse afirma que o ideal é reservar
entre 10% e 20% da renda líquida familiar mensal. "Deve-se guardar o
máximo possível, mas qualquer quantia já faz uma grande diferença no longo
prazo."
O
passo seguinte é decidir como guardar o dinheiro da reserva. A escolha depende
do perfil do investidor, mas deve ser por uma aplicação conservadora (de baixo
risco) e liquidez imediata. "Para quem está começando a constituir essa
reserva, a poupança é uma boa recomendação. Conforme a reserva for crescendo e
a pessoa se inteirar mais sobre as modalidades de investimento, pode começar a
diversificar", explica o economista. Ações e aplicações com longos prazos
para resgate não são indicadas.
Com a
reserva de emergência estabelecida, é fundamental não utilizá-la para outros
fins (como viagens e aquisição de bens). E, se de fato for preciso usar a
reserva, é importante refazê-la quando a situação se normalizar.