quarta-feira, 23 de agosto de 2017

As gerações Y e Z têm muito a ensinar aos mais velhos.

Você já ouviu falar em geração Y e Z?
                                                                
Com a velocidade das mudanças tecnológicas e comportamentais, sociólogos criaram esses termos para definir as gerações que nasceram a partir dos anos 80.

A Geração Y compreende os nascidos entre 1980 e 1990. É a geração da liberdade e da inovação.

Geração Z são os que nasceram entre 1990 e 2010. É a geração do “milênio” e está ligada intimamente à expansão exponencial da Internet e dos aparelhos tecnológicos.

Pois é, essas gerações, agora, estão chegando ao mercado de trabalho. Não todos, é claro. Porque aí se incluem, também, aqueles que conhecemos como a geração dos “nem-nem”… os jovens que não trabalham e nem estudam e que vivem às custas dos pais.

Mas vamos falar aqui dos que decidiram tocar a própria vida. Esses são profissionais motivados mais por desafios, por inovação e por realização do que por dinheiro ou estabilidade.

Têm mais coragem para correr atrás do que os empolga e não vieram para esta vida como coadjuvantes. Não hesitam em mudar de emprego e de empresa, se nela não houver mais novidades.
Esses jovens já perceberam que não podem contar com o governo para cuidar de seu futuro.

Com o impulso adicional da discussão da reforma, a procura por previdência privada disparou em 2017.
A idade média dos que possuem plano de previdência, no Brasil, caiu de 50 para 38 anos nos últimos 5 anos.

E as gerações mais novas, a Y e até a Z, na faixa dos 25 anos, já começam a contratar previdência.

Países desenvolvidos, como Itália, Nova Zelândia, Reino Unido, Chile e EUA, adotaram uma medida drástica para evitar o arrependimento lá na frente: a adesão automática a uma previdência privada de livre escolha para quem entra no mercado de trabalho.

Um jovem trabalhador é compulsoriamente incluído no plano, podendo, depois, dele sair se desejar. A inércia faz com que a maioria permaneça…e, no futuro agradeça pela indução.

Como sempre digo aqui, tempo é dinheiro. Quem começa a poupar antes vai pagar menos por duas razões: terá mais tempo para contribuir – logo a contribuição mensal poderá ser menor – e vai receber mais juros do tempo maior de aplicação.


É sensacional perceber que esses jovens, que aparentemente vivem em um mundo virtual, podem ter a cabeça na lua, mas têm os pés no chão!

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Endividado(a)? Saiba quais são seus direitos!!!

Endividado(a)? Saiba quais são seus direitos!!!

Aproximadamente 60 milhões de brasileiros estão inadimplentes, mas estar endividado não significa que o consumidor não tenha direitos.
A cobrança dos débitos deve ser feita sem constranger ou humilhar o consumidor.


Confira abaixo algumas dicas do Serasa Consumidor. São 05 Práticas abusivas, que o consumidor não deve aceitar se estiver endividado. São elas:

1.   Exigir a compra de um seguro para obter ou renegociar um crédito ou o limite do cheque especial. Essa prática é chamada de venda casada e é proibida pelo Código de Defesa do Consumidor.

2.   Débito em conta corrente de valor que ultrapasse 30% do seu rendimento mensal ou, no caso do empréstimo consignado, 35%. Há uma série de ações judiciais favoráveis a consumidores que tiveram retenção de salário depositado em conta superior a esses percentuais. Exemplo: Se você ganha R$ 1.000,00 líquidos, o valor total do débito não pode ultrapassar R$ 300,00 ou R$ 350,00 no consignado.

3.   Pressão para a renegociação imediata da dívida, por telefone,sem que seja feita a análise prévia de sua capacidade de pagamento. “Não há segurança na negociação pelo telefone e, depois, fica mais difícil renegociar. 

4.   Oferta de linhas de crédito mesmo quando você está endividado. Muitas vezes, o consumidor já está comprometido com uma instituição financeira e ela continua oferecendo crédito, provocando um agravamento da situação. Portanto, se o que você ganha não comporta mais uma parcela, não se deixe levar.

5.   Falta de vontade ou displicência na hora informar o custo do produto financeiro que você está adquirindo. Não se conforme em saber o valor da parcela. Faça questão de perguntar qual é a taxa de juros e o valor total que irá pagar. Se você contratar hoje um empréstimo pessoal de R$ 1.000,00 em 12 parcelas, com as taxas de juros atuais, irá pagar cerca de R$ 1.270,60. É importante que você conheça o valor total da dívida para se organizar.

E tem mais!!!!
·      Código de Defesa do Consumidor proíbe ameaça, coação e qualquer tipo de constrangimento à pessoa endividada.

·      Se deixar de pagar uma única prestação de um bem que adquiriu – um carro ou geladeira, por exemplo -, o credor pode entrar com um pedido de busca e apreensão para ter o bem de volta.

·      Se receber uma carta de cobrança dizendo que está sujeito à penhora de bens, tenha claro que não podem ser penhorados: salário, imóvel único da família, móveis e utilidades domésticas, como geladeira e fogão, e poupança de até 40 salários mínimos que seja anterior à dívida.

FICA A DICA: Planeje o pagamento das dívidas: faça seu orçamento pessoal, considerando o que você precisa para viver e o que você pode destinar para o pagamento dos credores.

Importante!!! O consumidor que sofrer humilhação e constrangimento, como por exemplo ser cobrado em local de trabalho, tem direito a indenização por danos morais.


sexta-feira, 18 de agosto de 2017

“Por que é tão difícil para o consumidor dizer não? “

Quando compramos algum produto, é comum que o vendedor ofereça seguros e acessórios, de que não necessariamente precisamos, em busca de aumentar sua comissão com a venda.


Com base nisso, a CVM australiana (ASIC) estudou as pessoas que contrataram seguros complementares ao adquirir veículos novos, a fim de compreender tanto as técnicas usadas pelos vendedores quanto a experiência de compra de tais produtos pelos consumidores.

Como o foco do estudo publicado no ano passado foram as experiências dos consumidores, foi utilizada uma metodologia de pesquisa qualitativa, envolvendo cinco grupos focais e treze entrevistas individuais com compradores de carros que contrataram seguro no momento da compra.

Os principais achados levam à conclusão de que as altas comissões pagas aos vendedores os incentivam a “empurrar” seguros, aumentando o custo final do carro para os compradores.

Em resumo, o estudo identificou nos compradores de carro:

1.   Despreparo para a compra: geralmente não possuem nenhum conhecimento sobre o seguro complementar quando vão comprar um carro;

2.   Fadiga / Sobrecarga de informação: quando chegam ao momento em que o seguro é oferecido, já estão exauridos pelo processo de compra (alguns se sentiram até pressionados pelos vendedores); e

3.   Dificuldade de recordar o processo de compra: muitos não conseguem lembrar qual seguro contrataram, quanto pagaram e quais itens o seguro cobria.


Do ponto de vista da Psicologia Econômica, os principais achados foram:
Possíveis vieses
Comportamentos observados
Comentários
Priming[1]
O seguro complementar só é oferecido aos consumidores no ponto de venda e após a compra do veículo.
O consumidor fica envolvido emocionalmente com o investimento que realizou na compra do carro. Por isso, está mais propenso ao gasto com o seguro do que estaria se este fosse oferecido antes da aquisição do veículo.
Fadiga decisional
O seguro é oferecido ao final de um longo processo de compra.
A negociação e as decisões sobre o carro (modelo, cor, forma de pagamento, opcionais) deixam a pessoa cansada e com pressa para tomar novas decisões.
Sobrecarga de informação
Os consumidores recebem muitas informações e precisam tomar várias decisões sucessivas.
Oferecer inúmeras opções de seguro junto com acessórios, após o consumidor ter tomado várias decisões significativas sobre a compra e o financiamento do veículo, dificulta a análise de cada oferta de seguro.
Ancoragem
O consumidor acha que o preço do seguro é barato em comparação com o do carro que acabou de comprar.
Como o seguro é ofertado depois da compra do carro e custa pouco comparado ao valor do último, o consumidor deixa de analisar aspectos importantes da oferta, como a relação entre o prêmio e a cobertura oferecida.
Enquadramento de preço/ contabilidade mental
O valor do seguro é oferecido em parcelas, ou seja, em termos mensais e não anuais.
Os consumidores podem subestimar o custo do seguro se o preço é apresentado como uma pequena despesa mensal, em vez de um custo total.


Este estudo é consistente com pesquisas inglesas, as quais afirmaram que a oferta de seguro complementar pelos revendedores de veículos é uma venda de oportunidade para capturar o consumidor, no momento em que ele está vulnerável, para tomar esse tipo de decisão. Os estudos da Financial Conduct Authority (FCA) concluíram que o consumidor poderia ter uma economia de mais de 30% se resistisse à oferta feita no ponto de venda e fizesse uma cotação do mesmo seguro no mercado.

O estudo australiano mostra que o consumidor que contratou o seguro o fez simplesmente por conveniência e paz de espírito, ou seja, tomou uma decisão financeiramente ruim para evitar o trabalho extra de fazer pesquisa de preço e para se livrar da pressão do vendedor.

No entanto, o problema é maior do que simplesmente pagar mais caro, pois a compra irrefletida envolve ainda outras questões como a necessidade e adequação do produto. Basta imaginar a dor de cabeça do consumidor ao ter um sinistro e descobrir que pagou 15% acima do valor de mercado por um seguro que não cobre seu prejuízo.

Tudo isso acontece porque nem sempre conseguirmos nos conscientizar do quanto nossas decisões financeiras são afetadas pelas emoções e, mesmo sabendo disso, por sermos frequentemente incapazes de parar o processo no momento em que está acontecendo. Geralmente nos damos conta bem mais tarde, quando já não há como desfazer o negócio.

Uma das maneiras de nos prevenirmos contra isso é, por exemplo, refletir e pesquisar antes de partir para a compra, estabelecendo regras (não comprar seguro ou garantia estendida no momento da compra) ou limites (estabelecer um teto máximo para o valor do seguro).

Outra recomendação é pesquisar antes os preços de seguro e opcionais do veículo que decidir comprar para que o vendedor não tente ganhar de volta, com esses itens, o desconto a ser dado no preço do carro.

O mesmo raciocínio vale para outros produtos, especialmente os de valor elevado: ficar atendo a itens que sejam oferecidos como complementos e opcionais imediatamente após a compra, principalmente se oferecidos como uma oportunidade única que só pode ser aproveitada naquele momento, pois isso tem o objetivo de evitar que o consumidor pesquise por melhores ofertas.

Finalmente, se o negócio realmente parecer muito bom, peça alguns minutos ao vendedor e faça uma busca rápida no celular para ver se alguém fez alguma reclamação ou se há preços melhores no mercado.

E você? O que sugere para evitar uma compra impensada de complementos e opcionais? Conte para nós. Aguardamos seu comentário!


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