sábado, 28 de outubro de 2017

94% dos brasileiros já tomaram alguma atitude para reduzir os gastos mensais.

A ANBIMA -Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais ousou e realizou uma pesquisa com a população economicamente ativa das classes A, B e C, em todo o país. O resultado foi que Esse comportamento jamais foi apreciado antes da crise econômica que atingiu o Brasil nos últimos três anos.

Entre as principais práticas para contenção de despesas estão a compra de produtos mais baratos ou sem marca (72%); a decisão de não adquirir itens de vestuário ou supérfluos (71%); e a troca de viagens de férias por destinos mais baratos ou alternativas de lazer gratuitas (71%). “Os resultados mostram que, em tempos de crise, as pessoas estão tomando decisões inteligentes para otimizar o orçamento familiar. Essas atitudes, porém, ainda são emergenciais e não indicam mudança de comportamento no longo prazo”, afirma Martin Iglesias, vice-presidente do Comitê de Educação da ANBIMA.

A tendência do compartilhamento também foi apontada pela pesquisa como um hábito de grande parte da população, sendo que 40% dos entrevistados contaram que já trocaram produtos ou venderam itens que não usam mais; 31% trocaram serviços com outras pessoas e profissionais; 25% compartilharam carros e serviços de transportes em geral; e 17% montaram grupos para fazer compras conjuntas.

Quando perguntadas se fariam sacrifícios financeiros para a manutenção do padrão de vida e de consumo, a maior parte dos entrevistados (85%) respondeu afirmativamente. “Entre a população brasileira ainda há dificuldade para começar a poupar, mas é importante que o consumo seja feito de forma consciente”, completa Iglesias.


Para o levantamento, a ANBIMA contou com o apoio do Datafolha. Foram realizadas 2.653 entrevistas em 130 municípios brasileiros, com a população economicamente ativa, inativos que possuem renda e aposentados, das classes A, B e C, a partir dos 16 anos. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, no nível de confiança de 95%.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Você esta conseguindo Poupar?


Se não esta, saiba que você não esta sozinho e sim junto com 73% dos consumidores.
Sete em cada dez brasileiros não conseguiram guardar dinheiro

Entre os poupadores, 51% tiveram de resgatar ao menos parte de seus recursos para pagar dívidas, contas da casa ou gastos extras

O brasileiro segue enfrentando dificuldades para terminar o mês com sobras de dinheiro. Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelam que 73% dos consumidores não conseguiram guardar nenhuma parte de seus rendimentos no último mês de agosto. A pesquisa ouviu consumidores em todos nos estados. Apenas 20% dos entrevistados foram capazes de poupar ao menos parte do salário que recebem. Entre os consumidores das classes C, D e E, o índice é ainda menor e cai para 15% das pessoas consultadas. Nas classes A e B, a proporção de poupadores cresce para 36%, mas ainda assim, é a minoria.

De acordo com o indicador do SPC Brasil, o número de poupadores tem se mantido estável em um baixo patamar nos últimos meses. Em julho, o percentual de poupadores havia sido de 19% e em junho, de 21%. Entre os que conseguiram poupar no último mês de agosto e se recordam do valor, a média dos recursos guardados foi de R$ 516.

Entre os brasileiros que não pouparam nenhum centavo, 49% justificam receber uma renda muito baixa, o que inviabiliza ter sobras no fim do mês. A falta de renda, em meio a um cenário de desemprego, também pesa, sendo mencionada por 17% desses entrevistados. Há ainda 15% de consumidores que disseram ter enfrentado imprevistos e 12% que reconhecem ter dificuldades para controlar gastos e manter a disciplina de poupança. “Mesmo que não se poupe grandes quantias, o hábito de guardar dinheiro ajuda o consumidor a não extrapolar os ganhos e manter um maior controle de suas finanças. Mais importante do que o valor que se guarda, é a regularidade com que se faz a poupança”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Segundo o indicador, o principal propósito para aqueles que têm como hábito poupar, é a proteção contra imprevistos, mencionada por 36% dos entrevistados. Em seguida, aparece a intenção de garantir um futuro melhor para a família (25%), se prevenir caso fiquem desempregados (25%) e a realização de algum sonho de consumo (20%). Já a aposentadoria foi lembrada por apenas 11% desses poupadores.

Outro dado que o levantamento mostra é que mais da metade (51%) dos brasileiros que possuem reserva financeira tiveram de sacar ao menos parte desses recursos no último mês, sendo que para 13% a necessidade foi ter de pagar alguma dívida, 12% para pagar contas básicas da casa e 11% para cobrir despesas extras. “Cada reserva deve ter uma finalidade. Ela pode ser para imprevistos, para conquistar um sonho ou para aposentadoria. O ideal é que não se misture esses recursos e que só se faça o resgate no período adequado”, explica a economista do SPC Brasil.

Mesmo entre os poupadores, o levantamento descobriu que há falta conhecimento sobre opções mais rentáveis de investimento. A maioria (62%) desses entrevistados recorre a velha caderneta de poupança para guardar seus recursos. Outros 19% deixam o dinheiro guardado na própria casa. Em seguida, aparecem de forma mais pulverizada os fundos de investimento (9%), previdência privada (7%), tesouro direto (7%), CDBs (5%) e ações em bolsas (4%). “A preferência majoritária pela poupança ou por guardar dinheiro na própria casa demonstra que até mesmo entre aqueles que têm o hábito de guardar dinheiro, há inércia na busca de informação de modalidades disponíveis e cuidado em buscar aplicações adequadas para cada tipo de objetivo financeiro”, afirma a economista Marcela Kawauti.

A poupança também acaba sendo o destino mais usual para os recursos financeiros porque é a modalidade mais conhecida dos investidores: 75% dos que não se utilizam dela pelo menos já ouviram falar a seu respeito. No caso da previdência privada, 49% já ouviram falar nessa modalidade. Outras opções que são conhecidas apenas pela minoria dos consumidores são os fundos de investimento (36%), ações (35%), CDBs (25%) e tesouro direto (24%).