O Índice de Intenção de
Financiamento dos consumidores paulistanos recuou 21,1% em julho na comparação
com o mesmo período do ano passado. Em relação a junho desse ano, a queda foi
de 13,1%, de acordo com a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE),
elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do
Estado de São Paulo (FecomercioSP). Com 18,3 pontos, o indicador permaneceu
abaixo da média histórica (23,8 pontos).
A pesquisa mostra ainda que 90%
dos consumidores da capital e região metropolitana não têm intenção de adquirir
novas dívidas nos próximos meses, enquanto apenas 8,3% pretendem contrair
financiamento nos próximos três meses, o menor valor da série histórica
iniciada em junho de 2012.
Para a assessoria econômica da
Federação, com o aumento das restrições bancárias e com a alta do desemprego,
as famílias seguem ainda mais cautelosas em relação ao endividamento, o que
influencia diretamente nas compras a prazo, especialmente para a aquisição de
bens duráveis, de viagens e de lazer em geral. Com esse
cenário, a utilização de recursos da poupança e das aplicações tem sido a
principal saída para os consumidores liquidarem suas dívidas.
Em julho, o índice de segurança
de crédito caiu 2,2%, em relação ao mês anterior, 1,5% no comparativo anual e
registrou 82,5 pontos. O grupo dos não endividados que, até então, havia
apresentado recuperação, sofreu queda e passou de 104,5 em junho para 99,8
pontos em julho. No mesmo período de julho de 2014 o indicador havia registrado
102,5 pontos.
Em contrapartida, o indicador
de segurança de crédito de endividados aumentou de 66,3 pontos em junho para
67,8 pontos em julho. No mesmo mês do ano passado o índice era de 64,9 pontos.
A FecomercioSP reforça o alerta
sobre a tendência do aumento do desemprego, da inadimplência e dos juros neste
segundo semestre, além das dificuldades para os que necessitam da aquisição de
crédito, uma vez que há maior seletividade dos bancos e aumento de juros.
Seguindo o resultado dos
últimos meses, a poupança permanece como a primeira opção para as famílias que
possuem aplicações, com 69,4% (sete entre 10 paulistanos ainda apostam no
modelo). Em segundo lugar está a renda fixa, com 16,4%; previdência privada,
com 6,2%; outras aplicações, com 5%; e ações, com 3%.
Fonte: IN