quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Microcrédito para pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais.

O Governo Federal lançou nessa terça-feira (26/09/17) o Plano Progredir, que busca auxiliar beneficiários do Programa Bolsa Família e pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais a conquistar autonomia financeira. O Banco Central participa da iniciativa e, durante a cerimônia, firmou acordos com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para realizar ações conjuntas referentes a acesso ao microcrédito, a cidadania financeira e a pesquisas voltadas à promoção da inclusão social.




Em discurso no Palácio do Planalto, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, destacou o incentivo ao como um item de elevado impacto social na agenda de cooperação. "Com o objetivo de avançar na oferta dessa linha de crédito aos micro e pequenos empreendedores, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou recentemente medida que estimula a concessão de microcrédito para pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais. Essa ação, construída em conjunto com o MDS, visa integrar a política de microcrédito a programas de assistência governamental, possibilitando o benefício adicional de se construir uma porta de saída para o programa Bolsa Família".

O acordo vai possibilitar ao BC ampliar o conhecimento sobre um público específico, de forma a traçar ações mais efetivas para a inclusão no sistema financeiro de parcela da população que ainda se encontra apartada ou com acesso precário a ele. Por outro lado, o MDS vai aprimorar suas políticas e atuar para a promoção da inclusão produtiva e da participação de seu público prioritário no sistema bancário.

"O cruzamento das informações do Cadastro Único com as bases do Banco Central, como o Sistema de Risco de Crédito (SCR) e o Cadastro Único de Informações sobre Entidades de Interesse do Banco Central (Unicad), tem como objetivo o mapeamento das necessidades dessa população em situação de pobreza e de extrema pobreza, a fim de realizar estudos e diagnósticos do uso de serviços financeiros por esse público e, assim, identificar ações que colaborem para a melhoria da cidadania financeira", explica Sergio Mikio, chefe de subunidade do Departamento de Estudos e Pesquisas do BC.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Consumidor mostra pessimismo quanto as finanças pessoais, apontou pesquisa da SPC Brasil e CNDL

Para 40% da população, a situação financeira está ruim, uma vez que essa parcela continua com dificuldades em pagar as contas, aponta pesquisa


Consumidor mostra pessimismo quanto as finanças pessoais, apontou pesquisa da SPC Brasil e CNDL
  
Mesmo com os sinais do fim da recessão econômica no País, os consumidores têm uma impressão diferente quanto às finanças pessoais. Para 40% da população, a situação financeira está ruim, uma vez que essa parcela continua com dificuldades em pagar as contas e com o orçamento limitado.

Os dados foram apurados pelo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e referem-se ao Indicador de Confiança do Consumidor (ICC). Na pesquisa, apenas 21% dos respondentes afirmaram estar otimistas em relação às finanças pessoais e ao futuro da economia.

Outros 75% evidenciaram os efeitos do aumento dos combustíveis nos meses de julho e agosto deste ano. Mesmo com o negativismo dos consumidores sobre o futuro econômico, o índice de confiança do consumidor teve nova alta, ao atingir 42,3 pontos em agosto, ante os 41,4 pontos em julho. A alta não impede que os menos estejam cautelosos, uma vez que 40% avaliam, no momento atual, sua vida financeira como ruim e apenas 12% como boa – já para a avaliação da economia, o percentual dos que acreditam estar ruim sobe para 79% e o de otimistas apenas 3%.

“Em geral, os consumidores tendem a ser mais otimistas ao tratar da própria vida financeira do que ao tratar da economia do país. Porém, nem sempre o otimismo possui justificativas sólidas”, afirmou em nota o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

Outros dados
A pesquisa identificou ainda o resultado do Subindicador de Condições Atuais, que registrou 30,1 pontos em agosto ante 30,2 pontos em julho. O resultado mostra que entre aqueles que avaliam o clima econômico como ruim, os principais sintomas são o desemprego elevado com 49% das menções, o aumento dos preços com 25% e as altas taxas de juros, evidenciada por 8% dos entrevistados pelas entidades.
Já quando se trata de responder sobre as finanças pessoais, o orçamento apertado e a dificuldade de pagar as contas são as principais razões para os consumidores entrevistados considerarem a vida financeira ruim, apontadas por 36% deles. Os entrevistados mencionam também o desemprego (32%), a queda da renda familiar (17%), a perda de controle financeiro (5%) e imprevistos (4%).


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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Aposentadoria para mulheres só aos 65 anos!

O que você acha de as mulheres só poderem se aposentar aos 65 anos de idade?

Na Suíça isto pode virar realidade neste 24 de setembro.


As mulheres suíças são mais privilegiadas?

O aumento da idade limite para aposentadoria das mulheres, de 64 para 65 anos, é uma das medidas mais controversas da grande reforma do sistema previdenciário suíço, que será votado no plebiscito de 24 de setembro. As mulheres suíças são, contudo, praticamente as únicas na Europa a poder se aposentar antes dos homens.

A Suíça não está exatamente na vanguarda no que diz respeito aos direitos das mulheres e à igualdade entre os sexos. Só em 1971 as mulheres adquiriram o direito ao voto e de assumir cargos públicos em escala nacional, enquanto que toda a Europa já tinha avançado havia décadas nessa questão. A Suíça foi também o último país a introduzir o direito à licença-maternidade remunerada. Isso foi em 2005. Mesmo assim, as mulheres continuam em desvantagem no mundo do trabalho: elas ganham em média 18% menos que os homens.

No tocante à idade limite para se aposentar, as mulheres gozam porém de condições mais favoráveis. Elas podem trabalhar um ano a menos que os homens (64 anos contra 65), apesar de que a expectativa de vida delas é mais elevada (85 contra 81 anos). Entre os 28 países-membros da União Europeia, apenas oito deles apresentam ainda hoje uma diferença entre os sexos neste quesito.

O país mais generoso é a Áustria: lá as mulheres têm direito à aposentadoria integral a partir dos 60 anos, enquanto que os homens têm de trabalhar ainda mais cinco anos para receber o mesmo benefício. Deve-se notar que esses oito países, com exceção da Romênia, já introduziram novas leis visando a uniformização da idade de aposentadoria - alguns previstos para daqui alguns anos, outros para só a partir de 2040.

Na média europeia
Com a idade limite fixada em 64 anos, as mulheres suíças encontram-se hoje dentro da média europeia. A idade legal é mais alta em 13 países-membros da UE, enquanto que nos outros 15 ela se situa entre 60 e 63 anos. De toda forma, esse quadro deverá mudar de maneira significativa em poucos anos.

O envelhecimento da população e a recente crise econômica e financeira global motivaram diversos governos a empreender reformas importantes para garantir o financiamento de seus sistemas previdenciários. Assim, quase todos os países da UE já decidiram aumentar a idade limite das mulheres e dos homens para 65 e 67 anos de idade, respectivamente. França, Grécia, República Tcheca e Romênia são as únicas exceções à regra. 

Enquanto que a maior parte dos países-membros da UE "alinharam" seus sistemas previdenciários, existem diferenças profundas entre as regras de aposentadoria pelo mundo, relacionadas não apenas às escolhas políticas e à situação econômica e social, mas também em grande parte à expectativa de vida da população. Em termos globais, a tendência é mesmo de aumento da idade limite tanto para as mulheres como também para os homens.

Na Suíça, o governo e a maioria do parlamento têm a intenção de aumentar a idade de aposentadoria das mulheres de 64 para 65 anos como parte do projeto de reforma intitulado Aposentadoria 2020, que será submetido ao voto popular em 24 de setembro. A harmonização da idade de aposentadoria entre homens e mulheres contribuirá para garantir o financiamento do sistema previdenciário, aliviando as contas de pensão de viuvez em cerca de 1,3 bilhão de francos suíços por ano.

Tal medida é um dos pontos mais controversos da reforma, especialmente entre certas correntes de esquerda e pequenos sindicatos. Segundo eles, a harmonização é injusta pois as mulheres continuam sendo vítimas de discriminações diversas dentro do ambiente de trabalho. Por sua parte, os defensores da reforma enfatizam que estão previstas outras medidas para atenuar o aumento da idade limite de aposentadoria das mulheres, entre as quais um suplemento de 70 francos para os novos desembolsos de seguro social.

Você acha justa a harmonização da idade de aposentadoria de homens e mulheres? Queremos ouvir sua opinião!​​​​​​​