terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Atenção Consumidor! A taxa de juros (SELIC) baixou, mas para você quer pretende ou precisa fazer um empréstimo ou financiamento, nada mudou.

Correntistas não sentem a queda de jurosAs reduções consecutivas da Selic, promovidas pelo BC de agosto até este mês, ficaram longe dos correntistas.
Os cortes na taxa básica de juros (Selic) estão longe de beneficiar a clientela. Entre os oito grandes bancos do país, que representam quase 90% dos consumidores, os repasses desses ajustes foram praticamente inexistentes. Em algumas instituições registrou-se inclusive elevação dos custos dos financiamentos exatamente no período em que o Banco Central derrubou a Selic de 12,50% ao ano para 10,50% — entre agosto e este mês. Cheque especial e crédito para aquisição de bens foram os segmentos nos quais as taxas mais subiram, sobretudo entre as instituições privadas. Para especialistas, os números mostram que a Selic está em patamar excessivamente elevado, acima do que poderia ser considerado uma taxa ideal para a economia, e pior: que a política monetária perdeu potência depois da crise de 2008. Os bancos também têm sua fatia de responsabilidade porque não querem abrir mão de suas elevadas margens de lucro.

Uma ala do mercado financeiro defende que, devido à moderação em curso do emprego e com o crédito se expandindo em menor ritmo, dificilmente um corte moderado na Selic levaria o consumo para níveis de maior robustez. “A inadimplência também está elevada e vai manter o crescimento do crédito em ritmo moderado”, explica a economista Zeina Latif. Segundo ela, a política monetária “perdeu tração” porque o canal de crédito, no qual parte das decisões do BC se transmitem, ficou desgastado. “Esse canal não vai estar tão ativo, sobretudo porque nossa taxa de juros está muito elevada. Aquela que seria a taxa de equilíbrio estaria abaixo do nível atual”, pondera. 

Uma simulação da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) ilustra que, na última reunião do Copom, qualquer que fosse o corte, desde que entre 0,25 ponto percentual e 1 ponto percentual, os efeitos seriam mínimos sobre os custos das operações de crédito. “Este fato ocorre uma vez que existe uma diferença muito grande entre a taxa Selic e as taxas de juros cobradas aos consumidores – que na média da pessoa física atingem 114,84% ao ano –, o que provoca uma variação de mais de 900% entre as duas pontas”, observa Miguel Oliveira, vice-presidente da Anefac.

Mesmo se o Banco Central tivesse derrubado a Selic de 11% ao ano para 10% (corte de um ponto percentual) o efeito sobre o crédito seria pequeno. Em um financiamento de R$ 500 parcelado em 12 vezes, o impacto seria uma economia de R$ 0,28 em cada prestação. Na compra de uma geladeira de R$ 1,5 mil no crediário, também dividido em 12 meses, as parcelas seriam reduzidas em R$ 0,77. 

José Luís Rodrigues, diretor da JL Rodrigues, resume a situação do crédito no país. “Está muito apertado. A captação para os bancos menores está mais cara e o custo das operações elevado”, critica. A reportagem fez uma pesquisa nos bancos de dados do Banco Central e observou que no caso do cheque especial, dos oito maiores bancos, quatro elevaram o custo da operação entre agosto e janeiro, exatamente quando a Selic despencou dois pontos percentuais (veja quadro). O Santander, procurado pela reportagem, informou que está analisando a última decisão da reunião do Copom. O Bradesco, em nota, disse que não houve aumento nas taxas. As outras instituições citadas na reportagem foram procuradas, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.

Fonte: Estado de Minas -Victor Martins -  http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2012/01/26/internas_economia,274362/correntistas-nao-sentem-a-queda-de-juros.shtml

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Febraban estima que operações de crédito subiram 18,5% em 2011. Isto é bom ou é ruim?

O aumente de operações de credito de uma maneira geral é bom para um país. Mas no caso específico do Brasil, tomadores de créditos e todos os consumidores que forem financiar algum bem ou tomar dinheiro emprestado, devem pensar muito antes de fazê-lo.
Apesar das recentes reduções das taxas de juros pelo Banco Central, elas ainda continuam muito altas, alias as mais altas do mundo.
Portanto se planeje e pense muito bem e antes de realizar algum financiamento ou tomar algum empréstimo.     Francis Brode Hesse.

A Federação Brasileiras de Bancos (Febraban) divulgou hoje um levantamento preliminar que aponta que o saldo de operações de crédito fechou 2011 em R$ 2 trilhões, registrando um novo recorde, representando um crescimento de 18,5%.
Outros destaques, como mostra o levantamento, foram as operações de Recursos Livres, dado que será divulgado nesta semana pelo Banco Central (BC), que obteve aumento de 1,9%, um dos maiores do ano, com destaque para a Pessoa Jurídica que deverá avançar 2,8%.
"Mantido o desempenho do crédito direcionado, que deve ter encerrado 2011 com crescimento de 23%, de 27,5% em 2010, o volume total de crédito na economia deve superar o patamar de R$ 2 trilhões pela primeira vez", pontuou a nota da Febraban.
Este levantamento oficial da Febraban é considerado  uma prévia do relatório de crédito do Banco Central que será divulgado esta semana.
Fonte:  (MR - Agência IN)
http://www.investimentosenoticias.com.br/ultimas-noticias/tempo-real/febraban-estima-que-operacoes-de-credito-subiram-18-5-em-2011.html



segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Como não deixar seus filhos adultos arruinarem a sua aposentadoria.

Vale a pena ler este artigo da Revista Exame. Ela é muito atual para a economia Americana e Europeia. Embora  o Brasil não viva um momento de crise, é sempre bom lembrar como proceder financeiramente com os filhos. Boa Leitura. Francis Hesse.


O que fazer quando seus filhos crescidos passam por problemas financeiros - e, no limite, voltam a morar com os pais.


São Paulo – Após o estouro da bolha de crédito nos Estados Unidos, os americanos começaram a ver um movimento de volta para casa por parte dos filhos que perderam seus empregos ou boa parte da sua renda na crise subsequente. Aflitos, muitos desses pais se dispuseram a sacrificar as próprias economias para a aposentadoria para ajudar os rebentos com seus problemas financeiros.


Mas não é só em épocas de crise que isso pode ocorrer. Ninguém está livre de perder um emprego, ficar superendividado, ter um problema de saúde, uma crise profissional, um filho não planejado ou um divórcio complicado. Mas será que são os pais que devem pagar essa conta?

É verdade que ninguém quer ver os filhos passando necessidade; mas também é verdade que se endividar para ajudá-los ou mesmo sacrificar a sua poupança para a aposentadoria no futuro tampouco são decisões inteligentes. O risco é onerar seus filhos no futuro, quando a idade avançada aumentar as despesas com saúde e não houver mais uma fonte fixa de renda. Lembre-se de que seus filhos ainda têm tempo de recuperar as finanças e construir uma previdência confortável; quem está perto da aposentadoria, não.
A seguir, duas especialistas em educação financeira dão dicas sobre como ajudar o seu filho a não ficar acomodado e se restabelecer financeiramente sem sacrificar você mesmo as suas finanças.
1. Livre-se da culpa: é a primeira coisa a se fazer, pois é a culpa que leva muitos pais a passarem a mão na cabeça dos filhos. Ninguém quer ver os filhos sofrerem, mesmo quando eles já são adultos, e a tentação de querer resolver todos os seus problemas é grande. Em primeiro lugar, há problemas que simplesmente não é da sua alçada resolver – se você não pode empregar seu filho desempregado, ele mesmo terá que achar uma recolocação. Em segundo lugar, o melhor que pode acontecer com eles é aprender a caminhar com as próprias pernas, se reestruturar e ser independente, e não voltar para baixo da asa dos pais. Bens materiais e dinheiro não compensarão as faltas do passado.
2. Não reacostume seus filhos ao “paparico”: filhos adultos que voltam a morar com os pais podem voltar a se acostumar com a comidinha da mamãe e a roupa lavada. Não permita que isso aconteça, pois eles devem ser tratados como adultos. Faça com que eles dividam as tarefas domésticas e contribuam pelo menos para algumas despesas da casa.
3. Saiba dizer não e ponha as cartas na mesa: desde a educação financeira infantil até esses aprendizados forçados da vida adulta, a imposição de limites é fundamental para que a pessoa internalize que não vai ter tudo que deseja sem lutar. Não é proibido ajudar os filhos financeiramente, desde que o auxílio esteja dentro do seu orçamento e não comprometa o planejamento da sua aposentadoria. Deixe claro quanto você pode gastar e que a situação é provisória. Se preciso for, estabeleça um prazo para a permanência do seu filho na sua casa ou para a ajuda financeira.
4. Defina prioridades: dê ajuda financeira para questões fundamentais, como uma doença ou os primeiros gastos caso seu filho ou filha se depare com uma gravidez indesejada. Evite pagar o que não for urgente – como um curso para uma recolocação no mercado – ou pague apenas uma parte.
5. Prefira emprestar a doar: muitos filhos se sentem constrangidos por terem de voltar a depender de uma ajuda financeira dos pais, e se planejam para ressarci-los no futuro. Se isso não ocorrer por iniciativa do seu filho, estabeleça um planejamento para que ele possa pagá-lo de volta no futuro.
6. Jogue a bola para o seu filho: acolha seu filho, mas deixe claro que ele é o responsável por encontrar uma solução para os seus problemas. Coloque-se à disposição para refletir em conjunto, mas deixe claro que as decisões finais devem ser dele.
7. Dê orientação: ajude seus filhos a levantar prioridades e planejar como sair da situação difícil. Sugira caminhos. No caso de um filho desempregado, por exemplo, ajude-o a listar pontos fortes e fracos, buscar cursos que o requalifiquem e vagar menos óbvias para se recolocar no mercado.
8. Não tente reviver sua juventude: “Os pais devem compreender que o fato de a cria estar de volta a casa não vai torná-los mais jovens”, diz Cássia d'Aquino, especialista em educação financeira para crianças. É tentador reviver os bons e velhos tempos da juventude, com os filhos dependentes. Mas a verdade é que, com o avanço da idade, aumenta a necessidade de cuidar da saúde e, consequentemente, gastar mais com isso.
9. Não “jogue na cara” os erros do passado: Seja sereno. De nada vai ajudar chorar sobre o leite derramado ou provocar brigas porque seu filho foi irresponsável por este ou aquele motivo. Aproveite o momento para recuperar a educação financeira que talvez tenha faltado no passado.
10. Mantenha seu filho calmo: ressalte que o momento é transitório. Isso ao mesmo tempo o tirará da zona de conforto – pois ele precisa voltar a caminhar com as próprias pernas - e o tranquilizará por saber que o mau momento não durará para sempre.
Como prevenir
Realmente emergências financeiras podem acontecer a qualquer pessoa, mas muitas vezes elas são fruto de uma vida inteira de descontrole financeiro – é o caso do superendividamento. Quem tem filhos ainda pequenos ou adolescentes pode evitar isso investindo na educação financeira dos filhos desde cedo. “Educação financeira não é gasto, é investimento. Ela deve privilegiar o limite, para que a criança aprenda que não vai ter tudo que quer na hora em que deseja”, diz Celina Macedo, autora de um livro sobre o tema, voltado para pais e filhos.
A educadora Cássia d’Aquino ensina como incentivar seus filhos a serem responsáveis e tomarem suas próprias decisões desde pequenos.
- Não ofereça ajuda à criança antes que ela peça: se ela está tentando pegar algo embaixo da cama com dificuldade, observe, mas não a ajude sem que ela tenha pedido.
- Trate o aprendizado e as responsabilidades como coisas positivas: a cada aniversário, reveja o que a criança aprendeu no último ano – como fazer a cama, escovar os dentes, amarrar os sapatos – e estabeleça novas metas de aprendizado e responsabilidade para o novo ano que começa. Isso a ajuda a desenvolver autonomia e sentir prazer com isso.
- Pergunte como seu filho pretende resolver o problema: para adolescentes e adultos, o melhor é se mostrar compreensivo e em seguida jogar a bola para ele, sempre que um problema surgir. Isso deixa claro que a responsabilidade por resolver é dele, não sua.
Fonte: Site da Revista Exame


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Juros sobre crédito a pessoa física têm maior queda dos últimos seis anos. Mas mesmo assim é importante controlar os impulsos.


Mas não se engane. Apesar da queda generalizada dos juros, eles continuam muito altos tanto se comparado com outros países, como para os consumidores locais. Não dá para esquecer você comprar um bem qualquer que financiado em 12 vezes, vai lhe custas dois bens iguais ao comprado. Por exemplo, arredondando os números, alguém compra uma televisão por R$ 1.000,00 parcelada em 12 vezes. No final de um ano, terá pago R$ 2.000,00.

A taxa média de juros cobrados em operações de crédito para pessoas físicas atingiu, em dezembro do ano passado, a menor variação desde 1995. O índice ficou em 6,58%, o que representa uma redução de 0,09 ponto percentual sobre a variação de novembro (6,67%). No ano, as pessoas físicas que tomaram empréstimo pagaram juros de 114,84%, taxa que é 2,18 pontos percentuais menor do que a do acumulado de 2011 até novembro (117,2%).
Os dados são de pesquisa feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). No comparativo com dezembro de 2010, quando o juro anual ficou em 119,97%, a queda foi de 4,28%,
Entre as seis linhas de crédito para pessoas físicas consideradas pelo indicador, apenas os juros do cartão de crédito foram mantidos estáveis em 10,69% ao mês. Todos os demais itens – cheque especial, empréstimos em bancos, empréstimos em financeiras, comércio e crédito direto ao consumidor (CDC) – tiveram redução em suas taxas.
O juro médio pago pelas empresas apresentou queda ainda mais expressiva, com redução de 3,01% no mês, passando de 3,98%, em novembro, para 3,87% em dezembro. Na taxa anual, houve retração de 3,67% e o indicador caiu de 59,92% para 57,72 %, ao ano, de um mês para o outro. Já no comparativo com dezembro de 2010, quando o índice ficou em 56,45% ao ano, houve elevação de 2,25% na taxa.
Astrês linhas de crédito pesquisadas apresentaram queda e a mais expressiva, de 5,73%, foi constatada nos descontos de duplicatas com os juros passando de 3,14% ao mês para 2,96%. No ano, a variação alcançou 41,51% ante 44,92% do mesmo período do ano anterior.
Pelas previsões da Anefac, os juros deverão continuar caindo, nos próximos meses. O vice-presidente da entidade, Miguel de Oliveira, justificou que, por um lado, o Ministério da Fazenda vem tomando medidas “para evitar uma desaceleração forte em nossa economia” e, por outro, o Banco Central tem sinalizado a possibilidade de ser mantida uma trajetória de queda da taxa básica de juros, a Selic, que passou de 10,75%, em dezembro de 2010, para 11%, em dezembro de 2011, com um aumento de 2,33%.
Amanhã (17), o Comitê de Política Monetária (Copom) faz a primeira reunião do ano de 2012, quando avaliará se altera a Selic, que está em 11%. As expectativas do mercado apontam para uma queda de 0,5 ponto percentual. Caso essa queda se concretize, será a quarta consecutiva.
Fonte: Agência Brasil
          Lana Cristina

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Inadimplência do consumidor sobe 21,5% em 2011. E dai o que eu tenha a ver com isto?


Mesmo que você não conste da lista de inadimplentes (ainda bem) este dado vai influenciar na taxa de juros praticada pelo mercado (lojas, bancos, comercio em geral, etc.), pois com maior inadimplência, a taxa tende a subir e as instituições a ficarem mais seletivas na concessão de crédito.

"A inadimplência dos consumidores brasileiros cresceu 21,5% em 2011, na comparação com 2010, conforme revela o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor. Foi a maior elevação verificada desde 2002, quando houve um crescimento de 24,7% ante 2001.
Na relação anual (dezembro de 2011 sobre dezembro de 2010), por sua vez, a elevação foi de 13,1%, a menor desde setembro de 2010. Já na comparação entre dezembro e novembro último o levantamento apresentou queda de 2,5%.

Para os economistas da Serasa Experian, o aumento da inflação, que reduziu o rendimento do trabalhador, e os juros ainda elevados afetaram a capacidade de pagamento do consumidor diante de um endividamento crescente em 2011. Cabe destacar que o acumulo de dívidas, de médio e longo prazos, vem desde 2010, ano em que as condições de crédito e do orçamento do consumidor foram mais favoráveis do que em 2011.

Em 2011, o valor médio das dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água), foi de R$ 320,63, o que representou uma queda de 17,3% na comparação com 2010.

Quanto às dívidas com bancos, o valor médio verificado ao longo dos doze meses de 2011 foi de R$ 1.302,12, com redução de 0,7% ante o mesmo acumulado de 2010.
Os títulos protestados, por sua vez, registraram em 2011 um valor médio de R$ 1.372,86, ocasionando um crescimento de 16,0% quando comparado com 2010.
Por fim, os cheques sem fundos tiveram, em 2011, um valor médio de R$ 1.359,19, representando um aumento de 8,4% sobre 2010".
(Redação - Agência IN)

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Brasil vira 2º melhor mercado imobiliário. Isto é bom para nós?

Como citado no artigo abaixo, o Brasil consolida seu mercado imobiliário.
Isto que dizer que os preços dos imoveis no Brasil estão se igualando ao mercado Internacional das principais capitais. Ainda tem alguma pequena margem para valorização, mas cada vez menor.
E claro que também sempre ocorrem algumas distorções, mas como um todo o mercado tende a estabilizar no topo.

SP saltou de 26º lugar para a 4ª posição nas prioridades dos investidores estrangeiros


SÃO PAULO - O boom de construções no Brasil passa a ser a principal novidade no mercado imobiliário mundial e o País se transformará em 2012 no segundo lugar mais atraente para investidores estrangeiros, superando a China e toda a Europa. Uma pesquisa publicada ontem pela Associação de Investidores Estrangeiros no Setor Imobiliário (Afire, sigla em inglês), apontou ainda São Paulo como a quarta cidade mais atraente para aplicações em imóveis entre as grandes metrópoles internacionais no ano.
A pesquisa mostra que, apesar da crise, o mercado americano ainda é o que oferece as opções de investimentos em imóveis comerciais mais estáveis e seguras do mundo. Segundo a entidade, a crise já começa a dar sinais de estar sendo superada nos Estados Unidos, pelo menos no setor imobiliário. Preços de aluguéis, pela primeira vez desde 2008, começam a subir.
Se a liderança é dos Estados Unidos, a pesquisa mostra que o boom brasileiro no setor da construção fez do País passou a atrair um interesse global. O grande destaque é a cidade de São Paulo. No ranking elaborado no ano passado, a capital paulista era a 26.ª na lista de prioridades de investidores estrangeiros.
Na classificação de ontem, subiu para a quarta posição. O local preferido de investidores em 2012 será Nova York, seguido por Londres e Washington. São Paulo superou a cidade de Frankfurt e todas as capitais de países da zona do euro e das economias dos Brics.
O crescimento da economia, eventos esportivos e as garantias legais são os fatores que transformam o País e a cidade em uma das prioridades de investidores.
"O Brasil passou a ser considerado como um lugar muito mais seguro para investir e um local onde se consegue uma boa apreciação de capital", afirmou o CEO da entidade, James Fetgatter. Para realizar a pesquisa, a associação consultou investidores com um portfólio total de US$ 874 bilhões pelo mundo.
42% dos entrevistados apontaram que planejam investimentos nos Estados Unidos em 2012 como o lugar que oferece as melhores oportunidades. Em 2011, porém, 64% dos entrevistados havia escolhido o mercado americano.
‘Roubo’ de investimentos. Segundo a pesquisa, o Brasil "roubou" investimentos dos Estados Unidos. Hoje, 18,6% dos entrevistados indicam que o País oferece as melhores oportunidades de retorno de investimentos no setor imobiliário. Em 2011, apenas 4,4% dos entrevistados escolheram o Brasil para investir.
Com o resultado, o Brasil superou a China na lista das preferências dos investidores imobiliários. Entre os emergentes, a classificação é seguida pela Turquia, enquanto Vietnã e Índia sofreram quedas.
Na Europa, a crise envolvendo o euro e a possibilidade de recessão em 2012 praticamente tirou o continente da lista dos locais preferidos por investidores. Nem mesmo a Alemanha resistiu e desabou no ranking organizado pela entidade.
Preços altos. A pesquisa destaca que os Estados Unidos ainda são muito almejados e foram o segundo país, depois da Grã-Bretanha, a atrair mais investimentos estrangeiros em 2011, segundo dados preliminares da Real Capital Analytics.
"O ponto baixo é que o país não promete muita valorização de capital, pois os maiores mercados já estão com preços altos", disse Fetgatter.
Fonte:
Jamil Chade, de O Estado de S. Paulo