A ANBIMA -Associação Brasileira das Entidades dos Mercados
Financeiro e de Capitais ousou e realizou uma pesquisa com a população
economicamente ativa das classes A, B e C, em todo o país. O resultado foi que Esse
comportamento jamais foi apreciado antes da crise econômica que atingiu o
Brasil nos últimos três anos.
Entre as principais práticas para contenção de despesas
estão a compra de produtos mais baratos ou sem marca (72%); a decisão de não
adquirir itens de vestuário ou supérfluos (71%); e a troca de viagens de férias
por destinos mais baratos ou alternativas de lazer gratuitas (71%). “Os
resultados mostram que, em tempos de crise, as pessoas estão tomando decisões
inteligentes para otimizar o orçamento familiar. Essas atitudes, porém, ainda
são emergenciais e não indicam mudança de comportamento no longo prazo”, afirma
Martin Iglesias, vice-presidente do Comitê de Educação da ANBIMA.
A tendência do compartilhamento também foi apontada pela
pesquisa como um hábito de grande parte da população, sendo que 40% dos
entrevistados contaram que já trocaram produtos ou venderam itens que não usam
mais; 31% trocaram serviços com outras pessoas e profissionais; 25%
compartilharam carros e serviços de transportes em geral; e 17% montaram grupos
para fazer compras conjuntas.
Quando perguntadas se fariam sacrifícios financeiros para a
manutenção do padrão de vida e de consumo, a maior parte dos entrevistados
(85%) respondeu afirmativamente. “Entre a população brasileira ainda há
dificuldade para começar a poupar, mas é importante que o consumo seja feito de
forma consciente”, completa Iglesias.
Para o levantamento, a ANBIMA contou com o apoio do
Datafolha. Foram realizadas 2.653 entrevistas em 130 municípios brasileiros,
com a população economicamente ativa, inativos que possuem renda e aposentados,
das classes A, B e C, a partir dos 16 anos. A margem de erro é de dois pontos
percentuais, para mais ou para menos, no nível de confiança de 95%.