Um relatório feito pela área de
estudos comportamentais da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aponta que as
estratégias de educação financeira com direcionamento exclusivamente pedagógico
não são suficientes para proporcionar mudanças no comportamento financeiro de
indivíduos.
O estudo, que será divulgado
durante a Semana Mundial do Investidor, mostra que algumas barreiras
comportamentais podem atrapalhar o processo de poupança até mesmo de indivíduos
que já possuem habilidades e informações para isso.
Falta de autocontrole, excesso de
confiança, diferença na contabilidade do dinheiro, influências sociais e falta
de interesse são as principais barreiras psicológicas apontadas pelo relatório
que desfavorecem a formação de reservas financeiras.
O estudo será apresentado hoje na
sede da CVM, no Rio. A pesquisa preliminar é um dos primeiros resultados do
projeto “Educação Financeira para além do conhecimento”, que pretende
desenvolver um produto educacional para o brasileiro com potencial de poupança.
O levantamento utiliza ainda
referências da psicologia para chegar a uma mudança de comportamento
financeiro. “O problema da baixa taxa de poupança das famílias é complexo e
para elaborar uma solução efetiva é fundamental entender seus aspectos
comportamentais”, diz Frederico Shu, da CVM.
Fonte: O estado de São Paulo