terça-feira, 4 de junho de 2013

Saiba como fica Poupança X Fundos de Renda Fixa com a SELIC em 8,00% ao ano.

ANEFAC apresenta como fica Poupança X Fundos de Renda Fixa com a SELIC em  8,00% ao ano 


POUPANÇA X FUNDOS DE RENDA FIXA


Mesmo com a elevação da taxa básica de juros (SELIC) de 7,50% ao ano para 8,00% ao ano vão continuar interessante os rendimentos das cadernetas de poupança frente aos fundos de renda fixa conforme demonstraremos na tabela abaixo.

Tal fato ocorre uma vez que a caderneta de poupança tem seu ganho garantido por lei (TR + 6,17% ao ano) e não sofre qualquer tributação diferentemente dos fundos de renda fixa que possuem tributação do imposto de renda sobre seus rendimentos, sendo maior esta tributação quanto menor for o prazo de seu resgate além de ter a cobrança da taxa de administração cobrada pelos bancos.

Mesmo aqui considerado as recentes alterações nas regras da poupança aonde as novas contas vão ter um rendimento de 70% da Taxa Básica de Juros (SELIC) mais a variação da TR o rendimento destas novas contas já ganham igualmente da maioria dos fundos de investimentos.


Para efeito de comparação consideramos os cenários abaixo:

·         Aplicações com prazo de resgate até 6 meses com a alíquota do IR de 22,50%;
·         Aplicações com prazo de resgate entre 6 meses e 1 ano com a alíquota do IR de 20,00%;
·         Aplicações com prazo de resgate entre 1 ano e 2 anos com a alíquota do IR de 17,50%;
·         Aplicações com prazo de resgate acima de 2 anos com a alíquota de IR de 15,00%.

Foi considerado igualmente custo da taxa de administração cobrada pelos bancos entre 0,50% ao ano até 3,00% ao ano (padrão utilizado no sistema financeiro).

Como podemos ver nas tabelas abaixo seja a Poupança antiga como a nova poupança já ganha dos fundos na maioria das situações sendo que quanto menor o prazo de resgate da aplicação bem como quanto maior for a taxa de administração cobrada pelo banco maior vai ser a vantagem da poupança frente aos fundos.

Com a Selic atual a poupança nova só perde para os Fundos, independente do prazo de resgate, quando a taxa de administração cobrada pelos fundos for a mais baixa (de 0,50% ao ano) normalmente para aplicações de valores maiores acima de R$ 50 mil.

Seguem abaixo duas tabelas sendo uma considerando o rendimento dos Fundos Versos o rendimento da poupança antiga que não sofreu nenhuma alteração e tem seu ganho definido por lei em 6,17% ao ano mais a variação da TR e a outra já na nova regra aonde o rendimento da mesma está definida em 70% da SELIC mais a variação da TR.

As tabelas abaixo demonstram o rendimento líquido mensal dos fundos de renda fixa considerando-se aqui a SELIC atual de 8,00% ao ano, o Imposto de Renda de acordo com o prazo de resgate destas aplicações bem como as taxas de administração cobradas.


                                                         FUNDOS DE INVESTIMENTOS X POUPANÇA ANTIGA

1)      Rendimento mensal líquido dos Fundos com uma SELIC a 8,00% ao ano (rendimento líquido mensal nos Fundos)

                                                                                       Taxa de Administração ao ano

Prazo de Resgate            0,50%    1,00%    1,50%    2,00%    2,50%    3,00%

Até 6 meses                      0,47%     0,44%    0,42%    0,39%    0,36%    0,34%

Entre 6 meses e 1 ano      0,49%     0,46%    0,43%    0,41%    0,38%    0,35%

Entre 1 ano e 2 anos         0,50%     0,47%    0,45%    0,42%    0,39%    0,37%

Acima de 2 anos               0,52%     0,49%     0,46%   0,44%    0,41%     0,38%

Com a SELIC em 7,75% ao ano as contas antigas da Poupança terão um rendimento mensal de 0,50% ao mês correspondente a um rendimento de 6,17% ao ano + TR.

 Como podemos ver na tabela acima com a SELIC em 7,75% ao ano a Poupança antiga vai ter um rendimento superior aos dos fundos em quase todas as situações.



                                                        FUNDOS DE INVESTIMENTOS X POUPANÇA NOVA

2)      Rendimento mensal líquido dos Fundos com uma SELIC a 8,00% ao ano (rendimento líquido mensal nos Fundos)

                                                                                       Taxa de Administração ao ano

Prazo de Resgate            0,50%   1,00%    1,50%    2,00%     2,50%    3,00%

Até 6 meses                      0,47%     0,44%    0,42%    0,39%    0,36%    0,34%

Entre 6 meses e 1 ano      0,49%     0,46%    0,43%    0,41%    0,38%    0,35%

Entre 1 ano e 2 anos         0,50%     0,47%    0,45%    0,42%    0,39%    0,37%

Acima de 2 anos               0,52%     0,49%    0,46%   0,44%    0,41%     0,38%

Com a SELIC em 8,00% ao ano as novas contas passarão a ter um rendimento mensal de 0,4551% ao mês correspondente a um rendimento de 5,60% ao ano + TR.

 Como podemos ver na tabela acima com a SELIC em 8,00% ao ano a nova Poupança vai ter um rendimento superior aos dos fundos na maioria das situações.



Em amarelo poupança é melhor investimento

Em vermelho Fundo é melhor investimento

Em cinza Fundo e Poupança têm o mesmo rendimento


Resumidamente com estas alterações feitas nas regras da poupança as contas antigas da poupança com as prováveis quedas da taxa básica de juros (SELIC) passarão a ter um retorno financeiro maior seja sobre a nova poupança ou sobre os fundos de investimentos que cobram imposto de renda e taxa de administração e esta vantagem será maior quando maior for a queda da taxa básica de juros.

Quanto á rentabilidade das novas poupanças mesmo com as alterações feitas que vão provocar uma redução em sua rentabilidade se comparadas as contas antigas mesmo assim elas vão continuar se destacando frente aos fundos de renda fixa pelo fato que não pagam imposto de renda nem taxas de administração. Este fato deverá provocar em reduções nos custos das taxas de administração dos bancos para não perderem clientes.


Abaixo segue algumas simulações de como ficaria uma aplicação financeira no valor de R$ 10 mil pelo prazo de doze meses (considerando aqui a SELIC estável em 7,75% ao ano):

·         Na Poupança antiga este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 617,00 (6,17% ao ano) totalizando um valor aplicado de R$ 10.617,00;

·         Na Poupança nova este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 560,00 (5,60% ao ano) totalizando um valor aplicado de R$ 10.543,00;

·         Em um Fundo de investimentos cuja taxa de administração seja de 0,50% ao ano este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 617,00 (6,17% ao ano) totalizando um valor aplicado de R$ 10.617,00;

·         Em um Fundo de investimentos cuja taxa de administração seja de 1,00% ao ano este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 579,00 (5,79% ao ano) totalizando um valor aplicado de R$ 10.579,00;

·         Em um Fundo de investimentos cuja taxa de administração seja de 1,50% ao ano este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 554,00 (5,54% ao ano) totalizando um valor aplicado de R$ 10.554,00;

·         Em um Fundo de investimentos cuja taxa de administração seja de 2,00% ao ano este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 516,00 (5,16% ao ano) totalizando um valor aplicado de R$ 10.516,00;

·         Em um Fundo de investimentos cuja taxa de administração seja de 2,50% ao ano este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 478,00 (4,78% ao ano) totalizando um valor aplicado de R$ 10.478,00;

·         Em um Fundo de investimentos cuja taxa de administração seja de 3,00% ao ano este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 453,00 (4,53% ao ano) totalizando um valor aplicado de R$ 10.453,00;

Considerando uma aplicação em CDB o investidor teria que obter uma taxa de juros de cerca de 85% do CDI para atingir o mesmo ganho obtido pela poupança nova já que as aplicações em CDB’s pagam igualmente IR de acordo com o prazo de resgate da aplicação.

Miguel José Ribeiro de Oliveira
Diretor Executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac – Associação Nacional dos Executivos de
Finanças Administração e Contabilidade

Fonte: ANEFAC – Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Fundos Imobiliários ainda são um bom negócio?


Sempre digo em minhas palestras que depende!
E muitas pessoas me perguntam, mas você sempre responde depende? Afirmo que na maioria dos casos, sim, pois os investimentos devem ser realizados conforme os objetivos definidos.
Não existe uma receita correta para todos. São decisões individuais que devem estar diretamente relacionadas aos objetivos determinados de curto, médio e longo prazo. Estes sim devem estar estiverem bem definidos e com clareza. Desta forma, fica mais difícil, realizar um investimento inadequado. Por Francis Hesse.


Baixando a bola.
O movimento de elevação da taxa de juros liderado pelo Banco Central (BC) este ano fez baixar a febre que marcou o mercado de fundos imobiliários em 2012. A redução da temperatura pode ser acompanhada por dois termômetros: o IFIX, índice que reúne os portfólios listados na bolsa, e o apetite dos investidores pelas novas ofertas públicas.

Depois de encerrar 2012 com alta de 35,02%, o IFIX perde força. No acumulado do ano até maio, recuava 1,50%. E o ambiente também não é mais tão favorável às ofertas iniciais. Segundo dados da BM&FBovespa, neste ano, pelo menos quatro operações foram fechadas com um volume de recursos abaixo do que pretendiam - um movimento oposto ao observado no ano passado, marcado pela megaoferta do fundo BB Progressivo II, do Banco do Brasil, em que a demanda pelas cotas foi pelo menos 13 vezes superior à oferta.

Captaram menos do que estimaram fundos de casas como Gávea Investimentos, Credit Suisse Hedging-Griffo (CSHG) e Banco Fator. Duas ofertas cuja captação ficou aquém da expectativa são de fundos de fundos imobiliários - ou seja, portfólios que captam dinheiro dos investidores não para comprar imóveis, mas com o objetivo de adquirir cotas de outras carteiras, na bolsa e em ofertas. O Gávea Fundo de Fundos buscava atrair R$ 200 milhões. Captou R$ 119,604 milhões. Já o Fator IFIX, que tinha como meta atrair R$ 100 milhões, amealhou somente R$ 36,597 milhões.

Também captaram menos do que o almejado carteiras com um perfil mais convencional e já com histórico relevante. É o caso da sexta emissão do CSHG Brasil Shopping, que explora participações em shopping centers. O fundo pretendia atrair R$ 220,42 milhões, mas captou R$ 192,724 milhões. Outro fundo do CSHG, o Real Estate - com foco em empreendimentos comerciais -, tinha como meta atrair, em sua sétima distribuição de cotas, R$ 528,28 milhões, mas levantou bem menos, R$ 243 milhões.

Especialistas atribuem tanto o desempenho fraco do IFIX quanto o menor apetite dos investidores pelas ofertas ao aumento da taxa básica de juros, que, este ano, já saltou de 7,25% para 8% ao ano - e, ao que tudo indica, deve subir ainda mais. Geralmente, os investidores aplicam em fundos imobiliários de olho no rendimento mensal - obtido, em geral, a partir do aluguel dos imóveis em carteira -, que é um percentual do valor de aquisição da cota. Com a elevação dos juros, as aplicações tradicionais de renda fixa, como CDBs e fundos DI, tendem a render mais e passam a concorrer com os fundos imobiliários pelo bolso do investidor.

"O movimento forte de queda dos juros no ano passado tornou os fundos imobiliários que ganham com renda de aluguel muito competitivos. Com o movimento de alta da Selic, que ninguém sabe ao certo até onde vai, é natural que o mercado se retraia um pouco, esperando uma definição do nível de juros para calibrar novamente o retorno que deseja nos fundos", afirma André Freitas, gestor de fundos imobiliários da CSHG. "O ano passado foi de euforia. É natural e até saudável que haja uma retração do investidor este ano, com o mercado se acomodando a um novo ambiente", diz Raphael Cordeiro, analista da butique de investimento Inva Capital.

Segundo Freitas, da CSHG, a oferta pública subsequente dos dois fundos da casa - o Shopping Brasil e o Real Estate - ficou aquém da esperada justamente por conta da virada do humor do mercado, após a alta dos juros. As operações foram formatadas entre outubro e novembro do ano passado, quando o mercado ainda vivia sua fase eufórica, mas distribuídas entre dezembro de 2012 e maio deste ano. "O produto foi desenhado em um ambiente, mas chegou ao mercado em outro. Nas duas últimas tranches da distribuição, em abril e maio, o cenário já era de alta dos juros. É difícil acertar o 'timing', porque toda a estrutura legal para realizar a oferta demora entre 60 e 90 dias", diz o executivo.

A mudança no rumo dos juros também foi, em parte, responsável pela captação menor do que a esperada do Fator IFIX, fundo de fundos do Banco Fator, segundo Valdery Albuquerque, superintendente de negócios do banco. A oferta já estava praticamente montada em dezembro de 2012, mas atrasos, por problemas com fornecedores de serviços, acabaram adiando a distribuição para maio deste ano, conta o executivo.

Além da alta dos juros, pesou contra a oferta, diz, o fato de a distribuição de outro fundo de fundos, o Brasil Plural Absoluto (que captou os R$ 200 milhões que pretendia) ter sido realizada um pouco antes. "Havíamos mapeado uma demanda de R$ 100 milhões, mas pegamos uma mudança de cenário e outra oferta de um produto parecido bem no meio do caminho", afirma Albuquerque, ressaltando que o outro fundo imobiliário do banco, o Fator Verità, que investe principalmente em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), captou R$ 67,5 milhões no fim do ano passado, acima da estimativa inicial, de R$ 50 milhões. "O momento era diferente e a estrutura da carteira era mais familiar para o investidor que a do fundo de fundos", afirma.

Segundo Rossano Nonino, responsável pela área de fundos imobiliários da Gávea Investimentos, apesar de atrair menos do que poderia, a captação do fundo de fundos da gestora ficou dentro das expectativas. "Colocamos os R$ 200 milhões como valor máximo, mas o objetivo era ter no fundo algo entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões", afirma o executivo.

Como o Gávea Fundo de Fundos é o primeiro portfólio imobiliário da casa listado na bolsa, a opção foi por um esforço de vendas mais restrito, diz Nonino. Em vez de formar um 'pool' de corretoras para distribuir a carteira, a Gávea preferiu oferecer as cotas do fundo somente para os clientes da casa. Além disso, optou por estabelecer uma aplicação mínima de R$ 100 mil (o equivalente a 100 cotas no valor de R$ 1 mil cada uma), bem acima do visto tradicionalmente nas ofertas, entre R$ 5 mil e R$ 10 mil.

A intenção, segundo ele, era filtrar a demanda, para formar uma base de investidores mais estável, que já conhece o trabalho da Gávea e entende a dinâmica do segmento imobiliário. "Foi uma oferta cuidadosa, porque é um produto que vai ter continuidade. Pretendemos fazer novas emissões da carteira. A ideia é aumentar o patrimônio aos poucos, sem comprometer a qualidade do portfólio", afirma Nonino.

A política de investimento da carteira é dividida em duas fases. Na primeira, haverá a aplicação paulatina do dinheiro captado em cotas de outros fundos, principalmente em ofertas primárias de fundos que buscam renda com aluguel de imóveis como de escritórios comerciais, shopping e logística. Em seguida, haverá a fase de reciclagem da carteira, com a aquisição de cotas em bolsa. A expectativa é uma alteração entre 10% e 20% da carteira a cada ano, com objetivo de embolsar ganhos com a negociação das cotas na bolsa.

O executivo da Gávea espera uma leva expressiva de ofertas de fundos ao longo do segundo semestre, após a acomodação do mercado a uma taxa de juros mais elevada. No fim do ano passado, afirma Nonino, houve represamento de ofertas, porque havia até a expectativa de que a Selic pudesse cair ainda mais, o que favoreceria a colocação de cotas. "Com a definição do nível da taxa de juros, haverá um cenário mais claro para os IPOs [ofertas iniciais, na sigla e inglês]. Até o fim do ano, devemos ter alocado os recursos captados na oferta do nosso fundo", diz.

Especialistas ouvidos pelo Valor acreditam que o cenário de juros mais altos tende a tornar mais difícil a captação de carteiras mais sofisticadas, como portfólios que compram diversos imóveis, títulos imobiliários (CRIs, LCIs etc) e cotas de outros fundos. Estruturas mais simples e com marca mais forte, como fundos que alugam agências bancárias e escritórios comerciais, tendem a continuar atraindo os investidores, mas sem a corrida vista no ano passado. Um exemplo é a segunda emissão do fundo Santander Agências, que captou os R$ 354,75 milhões planejado. No caso dos fundos de fundos, o teste de fogo é a quinta emissão da carteira do BTG Pactual, que está na rua. O portfólio pretende atrair R$ 500 milhões, praticamente duas vezes o patrimônio atual, na casa dos R$ 230 milhões.


Fonte: Valor Econômico

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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Sua situação financeira pode fazê-lo perder o emprego?


Os problemas de funcionários endividados têm quer ser tratado com muita seriedade, pois além de afetar a qualidade de vida, afeta diretamente a produtividade.
Para sanar problemas existentes, podem ser adotadas ações pontuais.
Mas o nada melhor do que adotar uma posição proativa e ter programas preventivos de Educação Financeira. Por Francis Hesse.

A preocupação com “educação financeira no ambiente de trabalho” é algo relativamente recente no Brasil, mas o assunto vem sendo estudado e acompanhado com alguma atenção nas economias desenvolvidas há um bom tempo.

Eu vivo em constante contato com gestores de recursos humanos e, baseado nas minhas observações e conversas com esses profissionais, é quase unânime a percepção de que os desafios financeiros dos funcionários afetam a performance do empregador. Minha conclusão é empírica (até porque desconheço pesquisas formais sobre o tema feitas no Brasil), mas nos Estados Unidos, segundo pesquisa da Society for Human Resource Management, realizada em janeiro de 2012, 83% dos profissionais de RH acreditam que as angústias financeiras dos funcionários têm, SIM, impacto negativo na empresa.

A simples percepção de que um funcionário está com problemas financeiros já é o suficiente para que ele se torne um foco de atenção e, definitivamente, não “no bom sentido”. O funcionário com problemas financeiros torna-se (é lamentável ter que dizer isto…) um “risco” para a empresa e por isso deve ser observado (e, se possível, ajudado).

O universo das finanças pessoais é bastante amplo, mas, aqui no Brasil, o assunto que é disparado o “campeão de audiência” é o endividamento.

O endividamento é um problema interessante, até porque, tecnicamente falando, ele não é um “problema”. O endividamento é a CONSEQUÊNCIA (ou o sintoma, se preferir) do desequilíbrio financeiro, este sim o verdadeiro problema.

Existe um tipo de desequilíbrio financeiro que tem origem pontual, um evento imprevisto e de alto impacto que tirou as finanças do rumo. Pessoas nessa situação precisam de dinheiro para se organizar e voltar para a situação de equilíbrio que existia antes do evento. Porém, a maioria dos casos de desequilíbrio que vemos hoje não é desse tipo, e sim decorrente da adoção, consciente ou não, de um estilo de vida economicamente insustentável, onde a pessoa regularmente gasta mais do que ganha.

Muitas pessoas que vivem cronicamente endividadas (em decorrência de um estilo de vida insustentável) têm um arsenal de justificativas para tentar convencer o mundo de que elas são vítimas e não responsáveis pela situação em que vivem. Às vezes, as justificativas podem até ser boas e lógicas, mas a má notícia é que a mensagem que elas passam para o mundo (e, por acaso, os profissionais de RH também fazem parte do mundo…) é que elas são desorganizadas, descontroladas e que têm dificuldade em formar uma visão de longo prazo. Essa lista pode crescer ainda mais: podemos adicionar adjetivos como “imaturas” e “deslumbradas” se as pessoas estiverem endividadas até o pescoço, mas andarem por aí usando roupas de grife, celulares de último tipo, dirigindo automóveis caros e por aí vai…

Salvo em casos excepcionais, ter problemas financeiros não é, por si só, algo que justifique uma demissão. Mas se você está passando por problemas financeiros e esses problemas são decorrência de um estilo de vida economicamente insustentável, saiba que você está sinalizando algo para o mundo sobre os seus valores pessoais, sobre a forma como gerencia seu trabalho e a forma como gerencia sua própria vida. Você pode até não ser demitido, mas certamente sua reputação e sua imagem profissional sofrerão com isso.

A cada dia, surgem novas evidências que reforçam a percepção de que problemas financeiros de funcionários afetam os empregadores, por isso a tendência é que, cada vez mais, as empresas fiquem “de olho” em funcionários que não conseguem administrar suas próprias finanças.

E se for para chamar a atenção, por favor, que seja por suas competências e qualidades.


Fonte: Exame Online

Por: André Massaro


terça-feira, 28 de maio de 2013

Por que os bancos podem ser o pior lugar para você investir.

Investir por meio dos grandes bancosde varejo é a primeira opção para muitos, principalmente pela praticidade. Mas, são raros os bancos que oferecem o melhor investimento de acordo com o perfil do cliente e muitos chegam a vender produtos tão ruins que seria melhor deixar o dinheiro "investido" embaixo do colchão.

É por isso que muitos especialistas recomendam o investimento por meio de corretoras e gestoras independentes, que podem ter uma assessoria mais especializada, taxas mais atraentes e aplicaçõesque exigem investimentos menores que os bancos grandes. 


Veja a seguir alguns fatores que mostram por que os bancos podem ser o pior lugar para investir o seu dinheiro.


Baixas remunerações no investimento em CDBs.

Os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) são títulos de renda fixa emitidos pelos bancos como forma de captar recursos que serão utilizados em operações de crédito. Eles representam claramente uma prática que rege o sistema dos bancos, que é a tentativa de captar dinheiro dos clientes pagando o mínimo possível para depois emprestar cobrando o máximo que conseguirem. 

“É um conflito de interesse, porque o banco precisa comprar dinheiro barato, se não ele perde a sua margem. Então, ele faz a negociação caso a caso. Pessoas com maior conhecimento e informação ganham mais nos investimentos porque na negociação exigem mais e quem tem menos conhecimento recebe menos”, explica o autor do livro “Case com seu banco com separação de bens”, Beto Veiga.

Os CDBs de grandes bancos são constantemente oferecidos aos clientes com remunerações inferiores aos CDBs de bancos menores. Como os bancos grandes têm acesso a milhões de correntistas e, em geral, menos risco de ter problemas financeiros em meio a uma crise, eles não fazem grandes esforços para oferecer boas vantagens e captar mais clientes. Já os bancos menores e instituições independentes oferecem melhores condições para atrair mais investidores.

Para conseguir uma remuneração de 100% do CDI, que seria uma remuneração vantajosa em relação a outros produtos de renda fixa, os bancos grandes exigem volumes de investimento altos ou a permanência no investimento por um longo período. Enquanto isso, bancos médios e instituições independentes oferecem 100% do CDI para valores investidos a partir de 1 real, como é o caso do Sofisa Direto, do Banco Sofisa, e do CDB Direto, do Banco Ficsa.
Apesar de estes bancos menores apresentarem maiores riscos, existe a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que cobre os prejuízos que o investidor tiver em caso de quebra do banco até o teto de 70.000 reais (garantia válida por instituição e por CPF). 


Títulos de Capitalização são vendidos como “investimentos” vantajosos.

O Título de Capitalização (TC) é um produto que também faz parte da cesta de metas dos gerentes, por isso é insistentemente empurrado aos clientes. Os TCs podem prejudicar o investidor justamente porque eles são apresentados com um bom investimento e funcionam mais como um jogo de loteria. Segundo os bancos, eles são vantajosos porque condicionam o cliente a poupar uma quantia fixa todo mês, oferecem o mesmo rendimento da poupança antiga e ainda promovem sorteios.
Ocorre que os TCs não rentabilizam todo o dinheiro aplicado. Em um típico título vendido no mercado, apenas 10% das três primeiras mensalidades são rentabilizados; do quarto ao 23º mês, 90%; e, do 24º ao 48º mês, 97,98%. Pelo fato de boa parte dos recursos destinados ficar para os bancos, pode-se dizer que se o valor fosse colocado em um cofrinho daria na mesma. Além disso, em muitos casos, o cliente só pode recuperar o seu dinheiro depois de cinco anos, ficando sujeito a perdas caso queira antecipar o resgate. 


Seus planos de previdência são mais caros.

Entre os “Top 3” produtos oferecidos ao cliente estão também os planos de previdência, que podem ser bastante desvantajosos quando contratados em bancos.
Especialistas recomendam que os planos de previdência não tenham taxasde administração superiores a 1,25% ao ano e que não possuam taxa de carregamento (porcentagem descontada sobre o valor de cada aporte). Ocorre que muitos bancos praticam taxas de administração que chegam a superar os 3% ao ano, além de cobrar taxa de carregamento.
Por isso, se seu banco não oferece um plano de previdência em conta, pode ser mais interessante buscar planos em seguradoras independentes. Lembrando que a seguradora deve ser sólida, uma vez que você pode perder o valor investido caso ela venha a quebrar.
“Os bancos, em geral, cobram mais por produtos mais simples, como os planos de previdência, quando deveria ser o contrário. Com isso, muitas vezes os custos anulam o rendimento do plano”, afirma Conrado Navarro, planejador financeiro da consultoria Dinheirama.


Cobram taxas altas para investir no Tesouro Direto.

O investimento em títulos do Tesouro Direto só pode ser feito por meio da abertura de uma conta em um banco ou corretora autorizados a comprar os títulos. Atualmente, cinco instituições não cobram taxas para o investimento, mas nenhum banco grande de varejo está entre elas. E o pior, os bancos são algumas das instituições mais caras para investir no Tesouro Direto, com taxas de administração que chegam a 0,50% ao ano.


As indicações sobre os melhores investimentos podem não ser as mais adequadas.

Dois fatores pesam para que os bancos não sejam as melhores fontes de conselho sobre investimentos. O primeiro deles é o já mencionado conflito de interesses. “Como os clientes que investem por meio dos bancos tendem a ser menos exigentes e a confiar mais na orientação dos gerentes, que prestam uma consultoria de graça, o gerente não age em função do melhor interesse para o cliente, mas sim do próprio interesse”, diz Veiga.
E o segundo fator é que os bancos podem ter profissionais menos especializados ou menos disponíveis do que as gestoras independentes. “Os bancos de varejo têm muitos níveis de profissionais dentro da instituição. Eles têm bons profissionais de gestão, mas nem sempre esses que entendem mais sobre o assunto são acessíveis ao pequeno investidor”, comenta Conrado Navarro. 
Os gestores independentes, pelo fato de trabalharem com foco apenas em investimentos, além de terem mais liberdade para indicar as aplicações disponíveis, podem ter uma noção maior dos produtos mais indicados para cada perfil de cliente. “Eles têm acesso a mais informações e detalhes do produto e fazem uma assessoria mais direta, indicando os produtos mais adequados”, acrescenta Navarro.


Custos de investimentos costumam ser maiores nos bancos.

Não que as outras instituições financeiras não tentem ganhar dinheiro em cima do cliente (afinal elas também sobrevivem disso), mas pode-se dizer que os bancos conseguem praticar taxas ainda maiores. “O banco pode ser mais negligente em relação a taxas porque ele tem um conjunto cativo de correntistas. A administradora de recursos independente, por sua vez, precisa correr atrás de clientes e um dos elementos que ela usa para atraí-los são as taxas menores”, explica Beto Veiga.
Ele afirma que no caso dos fundos de investimento, por exemplo, os bancos são comissionados por meio da taxa de administração. Por isso a taxa é a mais elevada possível.
Compreender a lógica que rege o sistema é importante para desmistificar as impressões de que os gerentes são grandes amigos, ou na outra ponta, sugadores de dinheiro. Eles simplesmente atuam como vendedores, mas em vez de produtos de consumo, eles vendem produtos financeiros. Por isso, conforme Veiga defende, é possível conseguir melhores condições de investimento com os bancos se o cliente souber que para isso é preciso negociar.


Nem tanto ao mar nem tanto à terra.

Apesar das vantagens que as corretoras e gestoras independentes podem oferecer, é preciso também compreender que nem todas são o melhor destino para os investimentos.
Se o cliente possuir uma alta renda, por exemplo, ele poderá ter acesso a produtos vantajosos dentro do próprio banco, mas que são apenas voltados a clientes premium, já que é interessante para a instituição captar altos volumes de recursos.
Além disso, o risco de um banco grande quebrar é muito menor do que o de um banco médio ou uma corretora pequena. Mas, nem por isso o investidor precisa sair correndo. Existem diversas instituições sólidas e tradicionais. 
Navarro sugere que o investidor sempre estude quem faz parte do quadro societário da instituição financeira, qual é o seu histórico, o tamanho do patrimônio que ela tem sob gestão e se a empresa é regulamentada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Uma boa referência para pesquisar informações sobre as corretoras pode ser o ranking da CVM de reclamações de clientes, apesar de as informações mais atuais serem do segundo semestre de 2011. Ele pode ser acessado pelo site da CVM, clicando no menu esquerdo da página em: proteção e educação ao investidor>boletim semestral. Fóruns e opiniões de clientes também podem ajudar na escolha. 
E é importante ressaltar que no caso do Tesouro Direto e das ações, a corretora apenas faz a custódia do investimento. Os ativos comprados são mantidos na CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), em uma conta que fica no nome do investidor. Por isso, se a corretora quebrar, os ativos serão apenas transferidos para outra corretora.
Os recursos investidos em fundos de investimentos também não são afetados caso a gestora ou administradora quebre, uma vez que os fundos têm CNPJ próprio e podem ser transferidos para a gestão de outra instituição. O valor que estiver parado na conta aberta na gestora ou na corretora, porém, corre risco em caso de quebra da empresa.

Fonte: Revista Exame
Por: Priscila Yazbek




quinta-feira, 23 de maio de 2013

DÍvidas afetam sua produtividade.


Com certeza esta afirmação acima já é sabida há muito tempo por todos que militam em finanças pessoais. Ainda bem que as pessoas assim como as empresa estão acordando para este fato. Sempre disse em minhas palestras e cursos que “as dividas tem o poder de destruir relacionamentos e até as pessoas”. Mas ainda é tempo e sempre tem alguma solução, por mais difícil que seja. Por Francis Hesse.

Samy Dana, da 
Um estudo recente mostra que profissionais endividados são mais ansiosos, estressados e têm dificuldade de concentração.

Todo devedor apresenta algum comportamento fora do padrão. Uns sorriem demais, outros vivem calados e alguns gritam a plenos pulmões em qualquer oportunidade.

Segundo levantamento feito em 2012 por John Gathergood, da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, analisando a saúde mental e financeira de aproximadamente 10.000 pessoas, devedores apresentam um grande risco de perder o controle sobre a ansiedade e o estresse.

Ainda de acordo com a pesquisa, outros efeitos, como aumento do constrangimento diante dos colegas, insônia e desenvolvimento de fobias, também atingem os endividados com maior facilidade, reduzindo seu contato social e sua capacidade de concentração.

Como uma espécie de frustração, a dívida dificulta o avanço pessoal e, claro, o profissional também. Os sentimentos de incapacidade e impotência com o acúmulo de despesas acabam por limitar o desempenho e podem resultar, muitas vezes, em casos de depressão.

E as instituições financeiras não deixam barato. Qualquer dívida segue a máxima do "Aqui se faz, aqui se paga", e no Brasil se paga muito caro graças às adoráveis taxas de juro cobradas nas mais diversas modalidades, que podem chegar a quase 200% ao ano — em outros países nos quais a máxima capitalista também é válida, como os Estados Unidos, os juros ficam próximos a 30% ao ano no cartão de crédito.

Como consequência, adquire-se uma infeliz série de prejuízos para a vida pessoal e para relacionamentos. Mas não é somente em casa ou entre os amigos que há instabilidade — a carreira profissional também é extremamente afetada.

Um trabalhador com estado emocional debilitado tem baixo retorno e se torna cada vez menos interessante para o empregador. No entanto, não se pode descartá-lo como uma mercadoria, mas sim buscar contribuir para a solução dos problemas.

Um bom início pode ser o incentivo da companhia à educação financeira dos funcionários por meio de programas de controle sobre os gastos e acompanhamento psicológico, como muitas empresas já vêm fazendo. Dessa forma, a saúde mental poderá começar a voltar ao positivo e o saldo bancário também.

Se você está com problemas para equilibrar seu orçamento, procure ajuda antes que as despesas se tornem uma dor de cabeça na sua vida, prejudicando até mesmo seu trabalho.

Samy Dana é professor da Escola de Economia de São Paulo da Funação Getulio Vargas, Ph.D. em administração e negócios e Autor dos livros 10x sem juros, em coautoria com Marcos Cordeiro Pires, e Como passar de devedor para Investidor, com Fabio Sous.

Fonte: Revista Voce SA.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

BC supervisionará pagamento eletrônico. Esta medida também lança as bases para pagamentos móveis, via celular.

Acredito que com esta medida, a relação entre o cliente e as empresas de cartões
deve melhor. Francis Hesse.



O Banco Central (BC) passou ontem a ser oficialmente o "xerife" de todos os agentes do mercado de pagamentos eletrônicos. A MP 615 deu poder ao BC 
para regulamentar e fiscalizar, entre outras, empresas como as bandeiras de 
cartões (Visa e MasterCard, por exemplo) e as credenciadoras (como Cielo e 
Redecard).
A MP também lançou as primeiras bases legais para o desenvolvimento dos 
pagamentos móveis, por meio de dispositivos como o celular. Em 180 dias, o 
BC encaminha proposta definindo quais arranjos de pagamentos têm 
importância sistêmica e serão regulados.
O Banco Central (BC) passou ontem a ser, oficialmente, o "xerife" de todos os 
agentes do mercado de pagamentos eletrônicos e não apenas dos bancos. A 
Medida Provisória nº 615, publicada no Diário Oficial da União, deu poder à 
autoridade monetária para regulamentar e fiscalizar, entre outras, empresas 
como as bandeiras de cartões (Visa e MasterCard, por exemplo) ou as 
credenciadoras de pagamentos eletrônicos (como Cielo e Redecard). 
Paralelamente, a MP também lançou as primeiras bases legais para o 
desenvolvimento dos pagamentos móveis, via dispositivos como o celular.
"Faltava ao BC esse mandato legal de regulamentar o setor de credenciamento 
de lojistas", afirmou o diretor de política monetária do Banco Central (BC), Aldo 
Mendes, em entrevista coletiva sobre a medida. "Havia uma assimetria de 
regulamentação. Com a MP, o BC normatiza não apenas um lado do mercado 
[as instituições financeiras que emitem os cartões]."
A própria autoridade monetária já havia sinalizado, no ano passado, que 
ampliaria o escopo de sua supervisão sobre o setor de cartões. A questão 
agora é quão profunda será a interferência do BC nesse mercado. Em 180 
dias, o Conselho Monetário Nacional (CMN) deve publicar a regulamentação 
da medida, podendo realizar consulta pública sobre os atos normativos que 
serão editados. O Congresso tem até 120 dias para apreciar uma MP.
Segundo Mendes, a autoridade vai encaminhar uma proposta ao CMN 
definindo quais arranjos de pagamento têm importância sistêmica e, portanto, 
serão regulados pelo BC. Por "arranjos de pagamentos", entenda-se a série de 
procedimentos montados entre bancos emissores de cartões, bandeiras, 
credenciadores, lojistas e consumidores que regem o funcionamento do 
mercado de pagamentos eletrônicos.


Mendes afirmou que em alguns desses "arranjos", não é necessária uma 
regulação tão pesada. É o caso, por exemplo, dos cartões de lojas ("private 
label", em inglês) e as moedas sociais, situações em que não há importância 
sistêmica. "São meios restritos a um ambiente pequeno", afirmou.
Com os poderes que ganhou na medida, o BC poderá, se julgar necessário, 
regular também atuação de operadoras de telefonia em pagamentos 
eletrônicos, as empresas que oferecem vales-refeições e outras companhias 
não-financeiras que atuam em cartões, como as administradoras de cartões 
pré-pagos.
Isso significa que a autoridade passa a ser capaz de aprofundar a abertura do 
mercado de cartões, iniciada em 2010, com o fim das exclusividades de 
captura entre Cielo/Visa e Redecard/MasterCard. Em outubro do ano passado, 
o próprio Aldo Mendes pressionou pelo fim dos acordos exclusivos de captura 
remanescentes entre credenciadoras e empresas de vale-alimentação. Hoje, 
por exemplo, os vales da Alelo (antiga Visa Vale) só são capturados pela Cielo. 
A MP também dá poderes para que o BC possa intervir sobre taxas como as 
que as credenciadoras cobram de lojistas, entre outras tarifas.
A MP 615 também muda a regulamentação do sistema de pagamentos 
brasileiro para incluir oficialmente a possibilidade de empresas de 
telecomunicações oferecerem serviços de "mobile payment" (pagamentos por 
meio de dispositivos móveis, como celulares). As quatro maiores operadoras 
de telefonia do país já têm algum tipo de produto na área de pagamentos 
móveis, seja cartão de crédito ou pré-pago. Claro, Tim e Oi têm parcerias com 
bancos. Já a Vivo /Telefônica tem com a Mastercard uma "joint-venture".
Segundo o texto da medida, o BC, o CMN, o Ministério das Comunicações e a 
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) serão responsáveis por 
"adotar medidas de incentivo ao desenvolvimento de arranjos de pagamento 
que utilizem terminais de acesso aos serviços de telecomunicações de 
propriedade do usuário". O objetivo da autoridade, expresso na medida, é 
avançar no processo de inclusão financeira no Brasil.
O Ministério das Comunicações reforçou essa meta. O secretário de 
telecomunicações da pasta, Maximiliano Martinhão, disse, em entrevista 
coletiva, que a intenção do governo é usar a capilaridade das empresas do 
setor para ampliar a oferta de serviços financeiros a uma parte da população 
brasileira que não tem acesso a bancos. "Essa é uma agenda importante para 
o país porque permitirá que um número grande de pessoas alheias ao sistema 
financeiro possa ter acesso a meios de pagamentos eletrônicos", afirmou.
O secretário avaliou que a população brasileira está preparada para essa 
tecnologia. Os pagamentos via celulares, segundo ele, serão tão fáceis como 
enviar um SMS. Atualmente, são enviados 260 milhões de SMS por dia, 
segundo Martinhão.


Mendes, do BC, reforçou que a MP permite que empresas não-financeiras 
façam parte do universo de pagamentos móveis. Tanto que a medida cria a 
"conta de pagamento móvel", que será uma espécie de conta corrente 
eletrônica para os clientes de pagamentos móveis. As tais "contas de 
pagamento" não se confundem com contas bancárias e não dependem delas 
para ser abertas junto a instituições que vão tornar disponível o novo serviço. O 
dinheiro depositado nessas contas eletrônicas será apartado dos ativos 
próprios da empresa, não podendo ser oferecido em garantia de nenhuma 
operação e ficando fora da massa falida em caso de liquidação.
Não há ainda previsão de uma garantia individual aos portadores da "contas de 
pagamento". Em princípio, elas não são cobertas pelo Fundo Garantidor de 
Crédito (FGC) porque não são contas bancárias, mas o BC estuda maneiras de 
criar tais seguranças.





Fonte: Valor Econômico 
Autor(es): Por Felipe Marques, Mônica Izaguirre e Murilo Rodrigues Alves | De 
São Paulo e Brasília


terça-feira, 21 de maio de 2013

Proposta quer tabelar tarifas de cartões.


Um projeto de lei sobre o mercado de cartões reacendeu o temor de intervenção do
governo no setor. A proposta, de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
traz medidas que põem em xeque o modelo de funcionamento da indústria desenvolvido
por bancos, credenciadoras (como Cielo e Redecard) e bandeiras (Visa e Mastercard).
Entre as determinações, está o tabelamento de tarifas cobradas de lojistas em transações
eletrônicas, seja no débito ou no crédito, ou em operações de adiantamento de
recebíveis do cartão.
Embora a visão de analistas e de executivos da indústria ouvidos pelo Valor seja de que
o projeto tem pouca chance de vingar num curto ou médio prazo, a proposta toca em
temas que têm causado polêmica mundialmente. Na terça-feira, a Visa Europa propôs
cortar algumas das taxas que cobra pelo uso de seus cartões, num movimento que pode
resolver uma longa investigação antitruste dos reguladores da União Europeia.
"As conversas com lojistas deram origem ao projeto. A indústria de cartões é uma
atividade que cresce muito, mas de forma extremamente concentrada", afirma Nunes,
que diz ter baseado o projeto em regulações semelhantes na Austrália e EUA. O senador
diz não ter consultado instituições financeiras na elaboração da proposta.
Um dos pontos mais polêmicos envolve tabelar a taxa de intercâmbio, que é a parcela da
taxa de desconto cobrada do lojista transferida para o banco emissor do cartão. Quem a
define é a bandeira. O projeto também limitaria o valor máximo que credenciadores
podem cobrar em transações de débito.
"O objetivo [do tabelamento] é limitar a capacidade de os sistemas de cartão de crédito
e débito impor preços opacos, ou seja, preços não visíveis aos usuários dos cartões, mas
que acabam sendo transferidos aos usuários indiretamente pelos próprios comerciantes",
traz o texto do projeto.
Representantes da indústria de cartões discordam que tabelar as tarifas de transações
trará benefícios aos lojistas. "É uma medida contrária à economia de mercado. O setor
de cartões cresce a taxas médias de 20% ao ano. Não cresceria tanto se não trouxesse
benefícios", afirma um executivo de um grande banco. Ele argumenta que, por mais que
reclamem das tarifas, a perda dos lojistas era mais significativa com a inadimplência de
cheques pré-datados.Em um relatório produzido após a regulação de tarifas de cartão de débito, o Federal
Reserve, banco central americano, conclui que as regras deixaram mais caras transações
em pequenos comércios. "Antes da regulamentação, para uma transação no cartão de
débito de US$ 5 em uma lanchonete, por exemplo, a MasterCard avaliava uma taxa de
cerca de 12 centavos de dólar. Após a regulamentação, (...) a taxa é agora de cerca de 22
centavos sobre cartões emitidos por bancos regulamentados."
"Nós acreditamos que quaisquer mudanças propostas pelo projeto de lei são remotas no
curto e médio prazos. Ainda assim, o projeto reforça nossa visão que o risco regulatório
na indústria de cartões é alto e não deve ser ignorado", escreveram os analistas do
Deutsche Bank, em relatório.
Tanto que a notícia pesou sobre os papéis da credenciadora de cartões Cielo. As ações
da companhia caíram 4,41%, maior queda do pregão, ante alta de 0,7% do Ibovespa.

Fonte: Valor Econômico
Autor(es): Por Felipe Marques | De São Paulo


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Quitação de dívidas alcança número recorde, informa Serasa.


Até que enfim uma boa noticia.

O primeiro quadrimestre trouxe boas notícias: 8,9 milhões de consumidores deixaram de figurar na lista de inadimplentes, procurando credores para quitar as dívidas em atraso, significando um aumento de 6,4% na comparação com igual período de 2012. Este número é o maior desde 2006, quando teve início a medição.

Neste período, houve queda de 2,1% no número de consumidores que, na contramão da tendência, entraram na base de inadimplentes. No quadrimestre, 11,2 milhões de CPFs foram negativados, sendo que em igual período do ano passado, 11,5 milhões foram registrados.

Para os economistas da Serasa Experian esta é uma ótima notícia, já que desde 2010 não se registrava crescimento na saída de inadimplentes da base e, também, com queda na entrada de pessoas na lista.

Para os economistas, o que impulsionou o aumento de consumidores regularizando suas pendências passa pela expansão das renegociações de dívidas, juros reduzidos, desemprego em baixa, evolução da renda e um menor ritmo de crescimento do endividamento no ano passado, culminando com decréscimo gradual no comprometimento da renda com prestações.

Fonte: CGN

sexta-feira, 26 de abril de 2013

IR - Dicas preciosas para quem vai fazer neste último fim de semana.

Saiba quem dedura aqueles que tentam burlar o Leão 


Ter cuidado na hora de preencher os valores pagos e recebidos, assim como os Bens que compõem o seu patrimônio, é fundamental na hora de declarar imposto de renda. Valores incorretos ou tentativas de esconder rendimentos e Bens podem facilmente levar o contribuinte à malha fina, pelo simples fato de que a Receita consegue cruzar uma série de informações para descobrir erros e inconsistências nas declarações.

Veja a seguir quem são as empresas e pessoas que podem "dedurar" quem tenta burlar o Fisco – ou simplesmente quem erra na declaração – obrigando o contribuinte a se explicar ou até mesmo pagar multa e juros caso tenha deixado de pagar IR no prazo certo:

Médicos, planos de saúde e hospitais

Erros e inconsistências na declaração dos gastos com saúde estão entre os principais motivos de retenção dos contribuintes na malha fina. Como não há limites para a dedução dos gastos, o contribuinte pode cair na tentação de declarar mais do que de fato pagou, informar gastos para os quais não tenha comprovantes, deixar de declarar valores reembolsados ou incluir na lista despesas com a saúde de pessoas que não são suas dependentes. Tudo isso para ganhar uma restituição maior.

Só que a chance de entrar pelo cano aí é alta. A Receita tem como cruzar as informações prestadas pelos contribuintes com os dados informados na Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (DMED). Ela é entregue por profissionais de saúde, hospitais, laboratórios, Serviços radiológicos ou de próteses (ortopédicas e dentárias), clínicas médicas, estabelecimentos geriátricos classificados como hospitais e entidades de ensino destinadas à instrução de deficientes físicos ou mentais.

Nesse documento são informados o nome e CPF do responsável pelo pagamento, nome e CPF (quando houver) do beneficiário do serviço e os valores recebidos pela instituição ou profissional. No caso específico dos planos de saúde, são informados os dados do titular e de seus dependentes, os valores de contribuição referentes a cada um e eventuais valores reembolsados.

Entre os profissionais de saúde, só são obrigados a entregar a declaração os que forem equiparados a pessoa jurídica, isto é, que emitem recibo, dividem consultório com outros profissionais de formação idêntica, mas são os responsáveis por receber os pagamentos e remunerar os demais, inclusive empregados com quem mantêm vínculo empregatício. Eles podem ser médicos, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e dentistas.

Operadoras de cartões de crédito

Quando você tem uma despesa superior a 5 mil reais em um único mês no cartão de crédito, a operadora do plástico envia à Receita a Declaração de Operações com o Cartão de Crédito (DECRED). Essa é a maneira de o Fisco acompanhar seus gastos e movimentações financeiras, pois a DECRED traz o CPF e todas as despesas do contribuinte no cartão.
“A maior parte das despesas no cartão de crédito não precisa ser declarada. Mas ao cruzar as informações da Declaração de Ajuste Anual com a DECRED, o Fisco consegue ter uma ideia boa dos gastos do contribuinte e saber se ele tem despesas incompatíveis com a renda”, explica a advogada Rosiene Soares Nunes, sócia da área tributária do escritório Machado Associados.

Assim, se o contribuinte declara receber rendimentos de 3 mil reais, por exemplo, mas gastou mais de 5 mil reais no cartão em um único mês, o Leão certamente irá desconfiar que essa pessoa tem fontes de renda não declaradas.

Corretoras de valores

Vendas de até 20 mil reais em ações no Mercado à vista em um único mês são isentas de IR, mas todas as demais operações (day trade, venda de ETFs, cotas de fundos imobiliários, contratos futuros, mais de 20 mil reais em ações, entre outras) estão sujeitas à cobrança de imposto sobre os ganhos. A alíquota é de 15% para as operações comuns e de 20% para as operações day trade.

Quem negocia Ativos de renda Variável em Bolsa de Valores está sujeito a ser "dedurado" pela própria corretora. Como, nesses casos, a responsabilidade de apurar e recolher o Imposto de renda sobre os ganhos é do próprio investidor, muita gente pode ficar inclinada a não recolher o IR, achando que o Fisco não terá como saber da operação.

Mas não é bem assim. Para que a Receita possa rastrear as operações tributáveis realizadas ao longo do ano, a corretora fica responsável por recolher um percentual simbólico de IR na fonte, apelidado de “dedo-duro”. Esse percentual é de apenas 0,005% nas operações comuns e de 1% nas operações day trade. Na hora de apurar o imposto, o investidor pode inclusive deduzir esse IR já recolhido na venda de seus papéis.

O seu empregador

Se você é assalariado, é uma boa ideia declarar direitinho as quantias discriminadas no informe de rendimentos que sua empresa fornece. Mesmo que você seja profissional autônomo, se sua relação com a empresa está regularizada, ela também vai entregar um informe de rendimentos no início do ano.

As empresas são obrigadas a entregar, até o fim de fevereiro, a Declaração do Imposto de renda Retido na Fonte (DIRF), onde constam todos os pagamentos feitos a pessoas físicas e jurídicas sujeitos à tributação. Assim, se o contribuinte tenta declarar menos rendimentos do que de fato recebe daquele CNPJ, a Receita terá como cruzar as informações e convocá-lo a prestar esclarecimentos.

Trabalhadores autônomos ou que mudaram de emprego durante o ano devem ter atenção especial. Ainda que não tenham intenção de burlar o Fisco para garantir uma restituição maior, podem ocorrer esquecimentos de uma fonte pagadora. É essencial ter os informes de rendimentos de todas elas.

Imobiliárias, construtoras e cartórios

A venda de imóveis sofre tributação de 15% sobre o ganho de capital, enquanto que os aluguéis recebidos podem ser tributados em até 27,5%, dependendo do valor. Em ambos os casos, é do contribuinte a responsabilidade de recolher o IR, mas não adianta deixar de pagar o imposto e tentar esconder essas transações do Fisco.

Imobiliárias, construtoras, incorporadoras e administradoras de imóveis que tiverem realizado compra, venda, administração, loteamento, intermediação, locação e sublocação de imóveis durante o ano são obrigadas a entregar a Declaração de Informação sobre Atividades Imobiliárias (DIMOB). Essa declaração acusa todas essas operações, bem como as partes envolvidas.

Os cartórios também informam sobre a compra e venda de imóveis por meio da Declaração sobre Operações Imobiliárias (DOI). Nesse documento são informados os documentos lavrados, anotados, matriculados, registrados e averbados que caracterizam aquisição ou Alienação de imóveis, independentemente de seu valor.

Bancos

Quando existia a CPMF, cobrada sobre as movimentações financeiras, a Receita tinha um instrumento poderoso para conhecer suas operações no banco. Porém, mesmo com a extinção da cobrança, o Leão ainda consegue monitorar sua movimentação financeira por meio da Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira (DIMOF), entregue pelas instituições financeiras.

A DIMOF deve trazer informações relativas aos Depósitos à vista e a prazo, pagamentos em Moeda ou em cheques, resgates e emissões de ordens de crédito. A entrega é obrigatória quando uma única pessoa física movimenta mais de 5 mil reais em um único semestre.

Assim, movimentações estranhas – altas demais em comparação ao patrimônio e aos rendimentos declarados, por exemplo – podem motivar a Receita a convocar o contribuinte a prestar explicações sobre a origem do dinheiro. Mas esse controle também pode ser benéfico ao contribuinte que queira comprovar pagamentos efetuados cujos comprovantes não sejam aceitos pelo Leão.

Estados, municípios e outros órgãos públicos

Por meio dos governos estaduais e municipais, a Receita tem como monitorar o patrimônio dos contribuintes brasileiros. O pagamento do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), devido à Prefeitura quando se compra um imóvel, pode mostrar ao Leão que houve essa compra.

Da mesma forma, o recolhimento do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD), devido ao Governo do Estado quando se transmite herança ou se faz uma doação, acusa esses tipos de transmissão patrimonial. No caso das doações, por exemplo, ainda que elas sejam isentas de imposto de renda, é importante declará-las, para justificar o aumento ou a diminuição do patrimônio das partes envolvidas.

Por meio do cruzamento de informações com os Detrans, a Capitania dos Portos e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o Fisco também consegue se manter informado sobre a compra e venda de veículos, embarcações e aviões particulares, respectivamente. Portanto, ao comprar um bem como esse, não só é preciso declará-lo como ter condições financeiras de pagar por ele.

“Hoje o Fisco não reconhece que tem acesso aos gastos dos contribuintes por meio de programas como a Nota Fiscal Paulista ou a Nota Fiscal Eletrônica. Mas indiretamente, é possível”, diz Rogério Kita, sócio-diretor da NK Contabilidade.

A Receita também é capaz de cruzar as informações das Declarações de Ajuste Anual de diferentes contribuintes pessoa física, o que também pode revelar inconsistências. Por exemplo, um casal que declare em separado não pode informar a posse integral de um mesmo imóvel. Esse bem só pode aparecer na declaração de ambos se for comum aos dois e dividido meio a meio.

Outro erro comum é que os dois declarem um mesmo filho como dependente, o que certamente os levará à malha fina, uma vez que cada dependente só pode aparecer em uma única declaração. Filhos que são dependentes, mas auferem rendimentos tributáveis, também devem ter seus ganhos somados aos rendimentos do titular.

Da mesma forma, qualquer situação de pagamento ou doação que seja declarado por uma parte e não pela outra pode causar problemas a ambos. É o caso de pensões judiciais, doações de Bens ou dinheiro de um parente para outro e o pagamento de aluguéis.

Fonte: Exame

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Juros das operações de credito subiram em novembro/2012.


Pesquisa de juros feita pela ANEFAC, referente a novembro de 2012, constata alta novembro interrompe seqüência de reduções.

 Com Selic e níveis de inadimplência inalterados, aumento das taxas é, tecnicamente, sem explicação.

As taxas de juros das operações de crédito foram elevadas em novembro/2012, interrompendo sequência de quatro reduções consecutivas, constatou a Pesquisa de Juros da ANEFAC – Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Neste anos já haviam ocorrido oito reduções. “Salientamos que nossa expectativa era de que as taxas de juros das operações de crédito seriam reduzidas no mês de novembro, mesmo com a manutenção da Selic por conta da maior competição das instituições financeiras após os bancos públicos reduzirem suas taxas de juros”, diz o Coordenador de Estudos Econômicos da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira.

Ele ressalta não existir, tecnicamente, explicação para esta elevação. “A taxa básica de juros (Selic) e a inadimplência se mantiveram inalteradas neste período. E a tendência é de redução dos índices de inadimplência nos próximos meses”, enfatiza.

Pessoa Física – Só cartão de crédito rotativo não subiu.

A ANEFAC apurou que das seis linhas de crédito pesquisadas, somente o cartão de crédito rotativo manteve inalterada a sua taxa de juros. As demais linhas de crédito foram elevadas no mês.

A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma elevação de 0,13  ponto percentual no mês (2,83 pontos percentuais no ano) correspondente a uma elevação de 2,36% no mês (3,14% em doze meses) passando a mesma de 5,50% ao mês (90,12% ao ano) em outubro/2012 para 5,63% ao mês (92,95% ao ano) em novembro/2012, sendo esta a maior  taxa de juros desde setembro/2012.

Fonte: ANEFAC – Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade.
http://www.anefac.com.br/Pages/Visualizar.aspx?tema=8&id=6593