quarta-feira, 23 de novembro de 2016

81% dos brasileiros devem usar 13º salário para o pagamento de dívidas.

Crescimento no número de consumidores que pretendem utilizar o 13º para o pagamento de dívidas foi de 9,46%, o que indica maior endividamento.

De  acordo com pesquisa realizada pela Anefac, 81% dos trabalhadoresbrasileiros pretendem utilizar o 13º salário para o pagamento de dívidas. O estudo foi realizado durante o mês de outubro e contou com a participação de cerca de mil consumidores de todas as classes sociais. O benefício deve ser pago nos dias 30 de novembro e 20 de dezembro.

A pesquisa, coordenada por Miguel José Ribeiro de Oliveira, Diretor Executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da ANEFAC, aponta que o crescimento no número de consumidores que pretendem utilizar o 13º para o pagamento de dívidas foi de 9,46%, o que indica maior endividamento dos brasileiros no ano de 2016.

Entre os consumidores que pretendem gastar o valor do benefício com presentes, houve uma queda de 25% na comparação com o ano passado. Isso indica maior preocupação com os gastos. Também houve redução de 25% no número de pessoas que têm a intenção de poupar valores que sobrarão do 13º para os gastos do início do ano. 

O estudo também mostra que 89% dos trabalhadores possuem dívidas no cheque especial e no cartão de crédito, e pretendem usar o benefício para pagar estes valores. O cartão é justamente a linha de crédito com maior peso na composição das dívidas em aberto dos consumidores, chegando a 48% do total – alta de 9,09% em relação ao ano passado – contra 41% do cheque especial, que registrou aumento de 5,13%.

Produtos
Em relação aos produtos que mais serão consumidos com os recursos do 13º salário, as roupas ficam em primeiro lugar, com 72% das intenções de compra. Na sequência estão os celulares, com 66%, enquanto, na terceira colocação, ficam os eletroeletrônicos e bens diversos, ambos com 61%.

Natal
Também é possível perceber pela pesquisa que os consumidores do Brasil estão preocupados em reduzir os gastos no Natal. Enquanto 10% das pessoas pretendiam gastar mais de R$ 500 com as compras da data comemorativa no ano passado, em 2016 apenas 6% dos consumidores têm esta intenção. 

A forma de pagamento também teve alterações na pesquisa deste ano. Foi constatado um crescimento de 4,88% nos consumidores que têm a intenção de utilizar seus próprios recursos para as compras do Natal, enquanto houve uma queda de 40% em relação aos que devem utilizar financiamentos bancários. A maior parte dos consumidores (66%), no entanto, deve usar o cartão de crédito para o pagamento das compras da data.