Segundo pesquisa realizada pela
Acrefi/TNS, 84% dos consumidores não pretendem tomar crédito este ano
SÃO PAULO - Como reflexo da crise econômica que
afeta o País, o consumidor brasileiro mostra sinais de que deve pregar cautela
com as suas finanças pessoais. Segundo um levantamento da Acrefi/TNS Brasil
sobre desempenho e perspectivas de consumo e crédito em 2015, 84% dos
entrevistados afirmaram não ter pretensão de tomar empréstimos nos
próximos meses.
O restante, de acordo com a pesquisa,
pretende adquirir crédito para comprar um carro (35%), comprar um imóvel (28%),
pegar um empréstimo consignado (23%) e tomar crédito via Crédito Direto ao
Consumidor (CDC) (34%).
A classe econômica que se mostrou mais inclinada,
porém não menos cautelosa, a adquirir crédito foi a Alta, com 18% dos seus
consumidores admitindo ter intenção de realizar um financiamento ainda este
ano. Já a classe Baixa se mostrou ainda mais preservada, com 85% dos
consumidores garantindo não ter planos para adquirir financiamentos.
Para Nicolas Tinga, economista-chefe da Acrefi/TNS,
o consumidor está mais intelectualizado com as suas finanças, o que leva a ter
mais cautela na hora de mexer com o seu orçamento. "Houve uma melhora
gradual nesse processo. Ele [o consumidor] está mais preocupado em fechar o seu
fluxo de caixa ao final do mês. É um reflexo de que ele está mais educado
financeiramente", argumenta.
Oferta
Questionados sobre a oferta de crédito dos bancos,
66% dos consumidores acreditam que ela vai piorar ainda em 2015. Em abril, no
último levantamento, o índice era de 62%. Já em 2014, apenas 24% estimavam
piora nesse cenário.
Os juros altos também foram destacados como outro
motivo para os consumidores não tomarem crédito. Para 77% deles, o custo do
crédito vai aumentar até o fim do ano. Em abril, o índice era de 80%. No
ano passado, 49% previam alta das taxas.
Dívidas
Ainda segundo o estudo, 68% dos consumidores
brasileiros admitem ter dívidas. A maior parte delas é com cartão de crédito
(75%). O restante é dividido entre carnês (29%), financiamento de carro (21%),
financiamento imobiliário (18%), CDC (15%), leasing (3%) e outros (18%).
Fonte: DCI - Sammy
Eduardo